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Tecnológicas não estão interessadas em travar “TV pirata” e outros conteúdos

A pirataria de conteúdos em vídeo continua a ser um problema grave, e há cada vez mais críticas ao facto de as grandes empresas tecnológicas não estarem a fazer o suficiente para combatê-la. Um estudo recente revela que a pirataria está a crescer e que as grandes tecnológicas não estão a fazer o suficiente para travar.


Pirataria de serviços de vídeo continua a crescer

Segundo um estudo da Enders Analysis, é referido que a pirataria de serviços de vídeo, em especial os eventos desportivos que são transmitidos em tempo real, continuam a crescer bastante.

Ainda de acordo com o estudo, as grandes empresas tecnológicas desempenham um papel ambíguo neste cenário: são, simultaneamente, aliadas e facilitadoras. Por um lado, contribuem para a descoberta fácil de serviços piratas ilegais e reduzem as barreiras de acesso através de hardware de baixo custo, como o Amazon Firestick. Por outro lado, possuem os recursos e a capacidade técnica para ajudar a combater o problema — caso existisse vontade alinhada com os interesses dos detentores de direitos.

Plataformas como o YouTube (Google), o Facebook (Meta) ou serviços de alojamento de ficheiros lucram, direta ou indiretamente, com conteúdos pirateados. Tal cenário de pirataria ajuda a ganhar receita publicitária e além disso as empresas ainda beneficiam de maior tráfego e tempo de visualização, o que favorece também os algoritmos e métricas de desempenho.

A “fiscalização” dos conteúdos é cara! Monitorizar os conteúdos exige sistemas avançados (como IA) e equipas humanas para validação — o que representa um custo elevado, especialmente à escala global.

Por outro lado, leis como o DMCA nos EUA isentam as plataformas de responsabilidade desde que removam conteúdos após receberem notificações formais. Ou seja, não têm de prevenir a pirataria — apenas reagir quando são alertadas.

Algumas plataformas já criam ferramentas (como o Content ID do YouTube), mas muitos críticos consideram estas medidas insuficientes ou apenas pensadas para proteger grandes estúdios, deixando criadores mais pequenos de fora.

O estudo termina referindo que após mais de vinte anos após o lançamento, as soluções de DRM (Digital Rights Management) fornecidas por empresas como a Google e a Microsoft encontram-se em acentuado declínio. Torna-se evidente a necessidade de uma reformulação completa da arquitetura tecnológica, dos modelos de licenciamento e do suporte prestado. A fraca colaboração com os detentores de conteúdos sugere que esta questão continua a ser tratada como uma prioridade baixa.

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