Há mais uma vítima de um ataque “CEO Fraud”. Segundo as informações, o Politécnico de Beja foi vítima de fraude informática, tendo os burlões conseguido “roubar” 50 mil euros. Saiba como o esquema funcionou.
Politécnico de Beja foi vítima de CEO Fraud
Tal como temos vindo a alertar, em Portugal têm vindo a aumentar os esquemas de CEO Fraud que levam organizações a realizar pagamentos a empresas fictícias. Um dos mais recentes casos foi o Ministério da Educação que foi burlado em 2,5 milhões de euros (tendo conseguido recuperar), mas há agora também informações que o Politécnico de Beja foi vítima do mesmo esquema.
Segundo o Publico, a 20 de dezembro, o IPBeja recebeu um email de um endereço comum (“dept.contabilidade@outlook.com”) pedindo para não efetuar o pagamento para “a conta antiga”. “Não é mais disponível”, lia-se. Foi para o IBAN indicado nessas mensagens que a transferência de 50.421,49 euros foi feita dias depois. Pelo menos outras duas instituições de ensino superior do Sul do país foram vítimas de uma fraude semelhante nos últimos meses, apurou o PÚBLICO.
Entretanto, revela o jornal que o IPBeja transferiu para a empresa Futurévora os mais de 50 mil euros devidos, aos quais foram acrescidos cerca de 3 mil euros relativos a juros. No entanto, a empresa afirma que teve prejuízos, nomeadamente com o atraso do pagamento do IVA daquelas faturas, por ter estado seis meses sem receber essa verba.
A empresa vai avançar com um processo em tribunal, contra o Instituto Politécnico de Beja, a sua presidente e o administrador, por não resolverem atempadamente o problema.
O esquema fraudulento conhecido como “CEO Fraud” caracteriza-se, essencialmente, pelo envio de emails ou mensagens de texto em que um agente malicioso faz-se passar por uma entidade relacionada de alguma forma com a organização alvo, faz pedidos de natureza financeira a colaboradores dessa mesma organização, podendo conduzir estes a realizar transferências bancárias para contas associadas ao atacante.