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O Bing sabe onde andas…

Na semana em que abandonamos o mundial de futebol e onde todos sabiam onde a andava a selecção trazemos-vos um vídeo da Bing que mostra um conjunto de novos serviços que vão permitir que consigamos interagir com os sites em função do local onde estamos.

Tomando por base um dos filmes que mudaram a América (Easy Rider), alterando a forma de pensar, de forma de agir e estar, a Microsoft consegue parodiar e publicitar os novos serviços do seu motor de busca. A geolocalização e os serviços associados são o principal elemento do vídeo.

Com o evoluir da Internet e da tecnologia associada, não só a ela mas também a todos os equipamentos que nos rodeiam no dia-a-dia, começam a surgir aplicações e soluções na Web que fazem uso da nossa localização para que nos sejam fornecidos serviços baseados nessa informação. Podermos pesquisar por Farmácias e serem-nos devolvidos os resultados das que estão na nossa área ou termos acesso ao trânsito em directo no nosso telefone através da Internet. Pode ainda ser enviada publicidade associada a eventos em que estejamos ou a serviços que venhamos a necessitar por estarmos nesse local.

Mas ao informarmos essa localização aos serviços não estamos a comprometer a nossa privacidade? Da mesma forma que muitos utilizadores se queixam de que a sua informação está a ser armazenada pela Google e outras empresas, não estará esta tecnologia a recolher ainda mais informação e provavelmente ainda mais sensível?

Os dados recolhidos, se realmente o forem, conseguem registar de forma ainda mais precisas os nossos passos, mas agora fora do mundo digital. Conseguem desta forma saber onde andámos e o que procurámos ou necessitámos nesses locais.

Será interessante ver como irá a publicidade e reagir a esta mudança de paradigma. Não só iremos ter publicidade relacionada com as nossas preferências, mas também associada ao local onde estamos e com o que podemos vir a necessitar face às condições do local.

No extremo oposto desta questão está a utilidade destes serviços para o utilizador. Deixamos de ter de nos preocupar com a filtragem dos resultados de pesquisas ou com a possibilidade de estamos a aceder a serviços que não nos vão ser úteis por estarmos fora da sua área de acção ou validade. Podemos ter mais vantagens e novos serviços serão apresentados com base na possibilidade dos sistemas terem acesso à nossa localização.

A questão que vos deixamos é simples. Será que o preço a pagar consegue ser maior que o lucro e a vantagem que iremos ter? Compensará termos o nosso rasto digital entregue às grandes companhias? Ou elas apenas irão inocentemente fornecer os serviços e dai retirar algum lucro, mas sempre com a premissa de não usar a informação recolhida para outros fins?

Gostávamos de saber a vossa opinião sobre este assunto! Comentem e apresentem-nos os vossos pontos de vista.

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