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Hoje, celebramos a World Wide Web: 35 anos de uma revolução tecnológica

Por se cruzar com ela todos os dias, talvez lhe desse mais idade. De facto, o tanto de evolução tecnológica que os seus jovens ombros já carregam é surpreendente. Hoje, celebramos os 35 anos da World Wide Web; o início de uma grande revolução.


Enquanto trabalhador do CERN, um centro suíço de investigação em física de partículas, Tim Berners-Lee terá desenvolvido aquilo que conhecemos, hoje, como World Wide Web. O cientista de computação oriundo de Londres apresentou, em 1989, uma proposta de um sistema de gestão de informações, que serviria para ajudar os seus colegas a partilhar informações entre si. O documento chamava-se “Information Management: A Proposal”.

Apesar do objetivo aparentemente simples, o cientista continuou a trabalhar na sua ideia: um sistema de partilha de informações. Em 1991, a World Wide Web estava instalada e a funcionar.

Pouco tempo depois, em 1993, Berners-Lee convenceu o CERN a disponibilizar o protocolo da Web, bem como o seu código-fonte, para domínio público, sem os proteger por qualquer patente nem cobrar qualquer taxa. Para o cientista de computação, esta decisão foi um motor para o grande sucesso do projeto.

Não se sabe ao certo se Tim Berners-Lee tinha perceção da potencial magnitude da sua ideia. Aliás, segundo o cientista, à CNBC, “quando tudo começou, eu não poderia prever que seria assim”.

Ainda assim, na altura, os dados indicavam-lhe que a World Wide Web poderia crescer muito. O tráfego para o primeiro site, info.cern.ch, “aumentava por um fator de 10 a cada ano, duplicando a cada quatro meses”.

Apesar de a Web ter sido proposta pelo documento de Berners-Lee, pela primeira vez, os blocos de construção já existiam há alguns anos, quando o Departamento de Defesa dos Estados Unidos decidiu implementar o TCP/IP na sua rede; foi assim que nasceu a Arpanet (Advanced Research Projects Agency Network).

Esta acabou por evoluir para o modelo que se tornou a Web que utilizamos atualmente. Na altura, porém, não passava de uma ideia simples, sem qualquer comparação com os sistemas altamente conectados com os quais lidamos hoje.

 

Como está o mundo, 35 anos depois?

Conforme partilhado por Berners-Lee, apesar de revolucionária, a World Wide Web trouxe algumas desvantagens. Primeiro, os feeds das redes sociais criados por algoritmos de Inteligência Artificial fizeram com que as pessoas “se sentissem irritadas e chateadas, ou odiosas”.

Depois, a facilidade de produção de conteúdos em plataformas de redes sociais e de criação de novos websites e blogues levou a um “desempoderamento” de pessoas e empresas, perdendo-se a propriedade sobre os nossos dados.

Apesar das desvantagens, à CNBC, Berners-Lee apontou algumas previsões que considera positivas: a IA vai transformar a forma como as pessoas interagem com a web e todos vão ter um assistente de IA, no qual vão poder confiar; as pessoas terão controlo total sobre os seus dados; uma empresa Big Tech poderá ser obrigada a dissolver-se.

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