Os ataques cibernéticos são hoje tão ou mais poderosos do que as guerras de terreno. A informação é um ativo bastante valioso e caso seja conhecida pelo “inimigo” coloca em risco a segurança de quem foi atacado. Empresas de cibersegurança acusam prestador de serviços chinês de ter pirateado governos e a NATO.
I-Soon: a empresa chinesa que terá feito o ataque a Governos e à NATO
De acordo com revelações muito recentes, a empresa chinesa conseguiu infiltrar-se nos sistemas de mais de uma dúzia de governos, de organizações pró-democracia em Hong Kong e da NATO. A conclusão é das empresas SentinelLabs e a Malwarebytes que fizeram a avaliação de uma fuga de dados da I-Soon, empresa que terá cometido o ataque. Esses dados foram partilhados na plataforma GitHub a 16 de fevereiro.
Do que se sabe, da informação exfiltrada da NATO e Governos, existem ficheiros de conversação, apresentações e listas de alvos. De acordo com um relatório da SentinelLabs, “A fuga de informação fornece alguns dos pormenores mais concretos tornados públicos até à data”. É referido ainda que esta fuga de informação “fornece uma visão sem precedentes das operações internas de um fornecedor de serviços de pirataria informática afiliado ao Estado”.
De acordo com a AFP, a I-Soon era uma entidade contratada pelo Governo chinês na região de Xinjiang, noroeste da China, onde as autoridades têm vindo a impor medidas repressivas em nome do antiterrorismo.
A China ainda não reagiu às alegações de espionagem da NATO e Governos. No entanto, é comum condenar este tipo de acusações, afirmando ser vítima de numerosos ciberataques por parte dos Estados Unidos.