Foi publicado o Estudo sobre a Educação para a Cibersegurança no Ensino Básico e Secundário em Portugal, realizado pela Universidade do Porto para o Observatório de Cibersegurança do Centro Nacional de Cibersegurança (CNCS). Conheçam os resultados.
Cibersegurança deve ser mais ampla e integrada
O documento faz o mapeamento das iniciativas, programas e conteúdos curriculares de cibersegurança no ensino básico e secundário em Portugal, comparando essas práticas com outros países da União Europeia e identifica algumas recomendações.
Este estudo incluiu a análise de documentos estratégicos, livros didáticos e uma pesquisa feita com Agrupamentos de Escolas e Escolas não agrupadas em nível nacional, para identificar as iniciativas desenvolvidas e a frequência com que a segurança cibernética é abordada nas disciplinas. Além disso, foram realizadas entrevistas com professores e outros atores relevantes, com o objetivo de levantar as perspectivas sobre as práticas escolares e as necessidades na educação em segurança cibernética, permitindo, dessa forma, ter uma visão detalhada da situação atual e das lacunas existentes.
Numa perspectiva de futuro, e de acordo com os dados analisados, o estudo identifica algumas recomendações:
- A educação para a cibersegurança deve ser mais ampla e integrada, sendo essencial desenvolver de forma contínua atividades de segurança digital em várias disciplinas escolares, indo além das Tecnologias de Informação e Comunicação, para que os alunos desenvolvam hábitos consistentes ao longo dos anos.
- Esta abordagem deve ser tanto quanto possível permanente e integrada, e não figurar apenas em eventos/atividades pontuais desenvolvidas pelas Escolas.
- A formação contínua de professores é fundamental, bem como a colaboração com bibliotecas, autarquias e com o Centro Nacional de Cibersegurança, para expandir e ampliar o alcance das iniciativas desenvolvidas.
- A criação de um ecossistema digital de gestão de atividades de cibersegurança nas escolas e a implementação de processos contínuos de monitorização e avaliação são, também, essenciais para maximizar o impacto das iniciativas e adaptar as ações conforme necessário.
O estudo completo pode ser consultado aqui. Consulte também a versão do estudo em 15 minutos.