Não é novidade nenhuma que os ataques informáticos aumentaram durante a pandemia. Segundo os dados mais recentes do Gabinete de Cibercrime da Procuradoria-Geral da República (PGR), as denúncias de cibercrimes duplicaram em 2021, chegando às 1.160, mais do dobro do que no ano anterior (544).
Só relativamente a burlas online, o Portal da Queixa recebeu mais de 6.000 queixas só no ano passado.
O investimento em cibersegurança passará a ser uma prioridade vital para empresas, marcas e organizações e, para os consumidores. A literacia digital é a melhor arma para combater os ataques informáticos, reforçando alguns alertas junto dos consumidores para terem uma presença informada e segura no meio digital.
Algumas dicas para se proteger de ataques informáticos
#1 – Criar passwords seguras e atualizá-las regularmente
Ter a mesma password para tudo é ser um alvo fácil. Hoje em dia, existem plataformas seguras – como o Lastpass ou o 1password, por exemplo – onde podes guardar as tuas passwords, e assim evitar usar sempre a mesma. Pode ainda aceitar as passwords geradas pelo Google e guardá-las em plataformas para o efeito, no entanto este método não é o mais seguro.
#2 – Não ignorar as atualizações de software
Demora apenas alguns minutos, e é uma importante ação que vai permitir atualizações de segurança e das configurações de privacidade, evitando assim ataques informáticos. Contribui para a segurança, não só, de quem está a trabalhar remotamente, bem como, para a proteção da empresa de que faz parte.
#3 – Emissor duvidoso, com mensagem de alerta
Nunca abrir este tipo de mensagens de remetentes ou números desconhecidos, sobretudo se convidam a abrir um link ou a partilhar dados pessoais. As mensagens de alerta (supostas dívidas, pagamentos em atraso, alerta de cancelamentos) são uma prática comum em ataques de phishing.
Apesar de intimidar ou gerar curiosidade, nunca abrir nenhum link suspeito e nunca partilhar dados pessoais. No caso dos emails, e tal como alerta a Autoridade Tributária, confirmar sempre o remetente de um email que receba e que pareça duvidoso.
#4 – Marca ou entidade conhecida, mas com mensagem estranha
Se receber uma mensagem de alguma entidade ou marca reconhecida que convida à abertura de um link, não abra. No caso dos websites, certifique-se sempre de que são verdadeiros e não duplicados.
Uma forma de comprovar se o site é fidedigno e seguro é perceber se este tem Certificado SSL (se o site tem HTTPS e um cadeado na barra do endereço). No entanto, é também importante que valide quem é a entidade certificadora que emitiu o certificado. Para comprovar a sua segurança, passe o rato por cima da hiperligação para ver o URL completo, avaliando assim a confiabilidade do conteúdo.
#5 – Ataques informáticos via redes sociais
A duplicação de perfis de marcas, celebridades ou influencers é real e cada vez mais comum. Existem perfis falsos de “Giveaways” que levam as pessoas a deixarem os seus dados pessoais ou cartão de crédito em plataformas desconhecidas. Existem perfis que enviam mensagem em massa a anunciar que foi o vencedor ou mesmo os que oferecem produtos diretamente.
Em todos eles há algo que os denuncia: por norma, o discurso é duvidoso, tem erros de português, já que muitas vezes a tentativa de ataque é feita por hackers internacionais e que pedem sempre dados do cartão de crédito ou para subscrever alguma plataforma que leve à partilha de tal informação.
#6 – Fraude bancária, se foi vítima de phishing alerte o seu banco
Os bancos já estão atentos a situações de fraude, motivo pelo qual têm vindo a criar, cada vez mais, mecanismos de segurança na ativação de cartões. No entanto, a duplicação de cartões ou o extravio de dados ainda é um problema por resolver.
Se foi vítima de phishing, cancele imediatamente todos os seus cartões e alerte o seu banco sobre o sucedido.
A reclamação de ataques informáticos no Portal da Queixa não só alerta a marca sobre o que está a acontecer, como também ajuda outros consumidores a perceberem que podem estar prestes a ser alvo de fraude.