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Vai um copo? IA aprende a diferenciar aromas de whisky dos EUA e da Escócia

É verdade, os algoritmos da Inteligência Artificial já conseguem distinguir se um whisky foi produzido na Escócia ou nos Estados Unidos da América. Estes “narizes eletrónicos” podem ser uma revolução no mundo das bebidas e não só…


No Ordinary Whisky

A Inteligência Artificial (IA) continua a expandir os seus horizontes, e agora está a entrar no mundo das bebidas espirituosas. Cientistas desenvolveram um sistema de IA capaz de distinguir os aromas de whiskies americanos e escoceses, com precisão surpreendente.

A inovação baseia-se no uso de “narizes eletrónicos” equipados com sensores altamente sensíveis para captar compostos químicos presentes nos aromas dos whiskies. Estes sensores analisam as partículas liberadas pela bebida e criam um perfil aromático único.

Os dados recolhidos são processados por algoritmos de IA que utilizam técnicas de machine learning para identificar padrões e diferenças subtis entre whiskies provenientes de diferentes origens.

Ao longo do treino, o sistema foi exposto a uma vasta gama de amostras de whiskies, permitindo-lhe “aprender” a distinguir características aromáticas como notas de fumo e turfa (mais típicas dos whiskies escoceses) ou toques de baunilha e caramelo (comuns em whiskies americanos).

Esta capacidade de discernimento não se limita às categorias gerais. A IA consegue identificar diferenças entre marcas específicas e até lotes individuais, graças à sua sensibilidade a pequenas variações químicas.

O desafio cultural

Apesar do entusiasmo, esta inovação levanta questões sobre o impacto da tecnologia numa indústria que valoriza profundamente a tradição e a experiência humana.

A produção de whisky é muitas vezes vista como uma arte, onde o mestre destilador desempenha um papel central. A introdução da IA pode ser vista como uma ameaça à autenticidade ou como uma ferramenta para apoiar e complementar o conhecimento humano.

No entanto, muitos especialistas acreditam que a IA não substituirá os mestres destiladores, mas sim os ajudará a refinar os processos de produção e a garantir a consistência e qualidade das bebidas.

Mas há quem acredite que isto é apenas o começo. Tecnologias semelhantes podem ser aplicadas a outras bebidas, como vinhos, café ou cervejas artesanais, permitindo uma análise mais detalhada e uma experiência personalizada para os consumidores.

Enquanto a IA continua a evoluir, resta saber como esta tecnologia será integrada num setor que combina ciência, história e paixão, prometendo um futuro em que a inovação e a tradição caminhem lado a lado no mundo do whisky.

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