O mundo vai recebendo as novidades tecnológicas, de forma desconfiada, mas curiosa. As criptomoedas, por exemplo, chegaram de mansinho e são, hoje, tema recorrente. Mas será que estes ativos são realmente úteis para a sociedade?
Apesar de estarem amplamente envolvidas no avanço tecnológico, as empresas não apreciam tudo aquilo que resulta da indústria e, claro, constroem, também elas, uma opinião. No caso da NVIDIA, a sociedade não tira quaisquer vantagens das criptomoedas.
Numa entrevista ao The Guardian, o chefe de tecnologia da NVIDIA, Michael Kagan, disse que nunca considerou que as criptomoedas fizessem bem à humanidade. Na sua opinião, o seu colapso poderá estar associado a essa inutilidade.
Embora as “coisas criptográficas”, como apelida o executivo, tenham garantido, à NVIDIA, milhões de dólares em receitas, a empresa nunca as acolheu. Aliás, a Inteligência Artificial (IA), como o ChatGPT, representa, agora, a sua principal fonte de receitas. Na entrevista, Kagan afirmou que a utilização do poder de processamento dos chips em IA vale mais a pena do que a mineração criptográfica.
Nunca pensei que a criptomoeda trouxesse algo de bom para a humanidade. As pessoas fazem coisas loucas, mas compram o seu material, você vende-lhes material. Com o ChatGPT, agora todos podem criar a sua própria máquina, o seu próprio programa: basta dizer-lhe o que fazer e ela fá-lo-á. E se não funcionar da forma que deseja, diz “eu quero algo diferente”.
Partilhou o chefe de tecnologia da NVIDIA, opinando que o poder de processamento é mais bem aplicado em tecnologia de IA, como no ChatGPT, do que na mineração de criptomoedas.