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Estará a sociedade preparada para a IA?

O desenvolvimento da Inteligência Artificial (IA) não parece desacelerar e, com o tempo, vamos abrir caminhos que, antes, pareciam impossíveis. Estará a sociedade preparada para este plot?


Numa entrevista no programa “60 Minutos” da CBS, o entrevistador, Scott Pelley, testou vários dos projetos de IA da Google. A estupefação foi clara: “sem palavras”. Observando as capacidades humanas de produtos como o chatbot Bard da gigante tecnológica, Pelley expressou: “perturbador”.

A reação do entrevistador resultou num alerta de Sundar Pichai, CEO da Google, sobre a necessidade de nos adaptarmos, enquanto sociedade, às tecnologias como as que foram, recentemente, lançadas. Além disso, ressalvou que o desenvolvimento da IA afetará “todos os produtos de todas as empresas”.

Por exemplo, poderia ser um radiologista, se pensar daqui a cinco a 10 anos, terá consigo um colaborador de IA. Chega de manhã, digamos que tem uma centena de coisas para analisar, ela pode dizer: “estes são os casos mais graves que precisa de ver primeiro”.

Exemplificou Pichai.

 

IA impressiona e a sociedade poderá não estar (ainda) preparada

O CEO da Google especulou que os “trabalhadores do conhecimento” serão os mais afetados pela IA, nomeadamente, escritores, contabilistas, arquitetos e engenheiros de software.

Quando falou relativamente às consequências dos sistemas alimentados por IA, Sundar Pichai disse que a desinformação, bem como a proliferação de imagens falsas, poderão ser “muito maiores” e poderão, inclusivamente, “causar danos”.

Apesar dos receios, “a pressão competitiva entre gigantes como a Google e startups de que nunca se ouviu falar está a impulsionar a humanidade para o futuro, esteja ela pronta ou não”.

Neste momento, Pichai explicou que, por um lado, sente que não está, “porque o ritmo a que podemos pensar e adaptar-nos como instituições da sociedade e o ritmo a que a tecnologia está a evoluir” estão desencontrados. No entanto, por outro, admitiu estar otimista, uma vez que as pessoas que estão preocupadas com as implicações estão atentas desde o início.

Considerando os avanços levados a cabo por algumas empresas e tendo em conta que já existem atores a assegurar relevância neste campo, o CEO da Google esclareceu que “não cabe a uma empresa decidir”.

É por isso que penso que o desenvolvimento [da IA] deve incluir não só engenheiros, mas também cientistas sociais, éticos, filósofos e assim por diante.

Segundo a CNBC, Pelley pareceu preocupado quando o CEO da Google partilhou que os chatbots têm uma espécie de “caixa negra” que resulta em respostas que “não se percebe bem” como e por que estão a ser dadas: “não compreende totalmente como funciona e, no entanto, soltou-a na sociedade?”, perguntou o apresentador.

Deixe-me pôr as coisas desta forma: penso que também não compreendemos totalmente como funciona uma mente humana.

Respondeu Pichai.

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