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CEO da OpenAI responde à carta aberta que pede para parar de alimentar a IA

“Muita calma no olho do furacão”. Estas foram as palavras de Sam Altman CEO da OpenAI numa primeira reação às notícias sobre a carta aberta assinada por grandes nomes da tecnologia e da ciência que pedia que o treino de sistemas Inteligência Artificial mais poderosos que o GPT-4 fosse parado imediatamente.


Uma das grandes notícias do dia de ontem foi a da carta aberta intitulada de “Pause Giant AI Experiments”, assinada por nomes como Elon Musk, Steve Wozniak, Stuart Russell, Jaan Tallinn, Luis Moniz Pereira, entre mais de 1100 outros nomes, que pede para se fazer uma pausa de pelo menos 6 meses ao treino de sistemas de Inteligência Artificial (IA) mais poderosos que o GPT-4.

Parar o desenvolvimento da IA ou avaliar riscos e benefícios?

As reações públicas não se fizeram tardar e a opinião acaba por ser unânime: há um mundo desconhecido que está a ser criado, que vai transformar a comunicação, a tecnologia e a sociedade, provavelmente rápido de mais para que todos se consigam adaptar às mudanças.

Numa primeira reação, Sam Altman, CEO da OpenAI, apelou de certa forma à calma ao conteúdo desta carta.

Recorde-se que a OpenAI é a grande responsável pelo “boom” da inteligência artificial neste arranque de ano. Depois do ChatGPT baseado no GPT-3.5 ter chegado ao mundo, a evolução para o GPT-4 veio trazer muitas questões quanto à velocidade que a tecnologia está a ser alimentada.

Mais tarde, através de outro tweet, Sam Altman trouxe mais três pontos ao debate, para que a sociedade possa olhar para os sistemas de IA com mais confiança. São eles:

  1. a habilidade técnica para alinhar uma superinteligência
  2. coordenação suficiente entre a maioria dos principais esforços da AGI (Artificial General Intelligence)
  3. uma estrutura regulatória global eficaz, incluindo governação democrática

Sam Altman veio dizer recentemente que os riscos do ChatGPT-4 estão a ser mensurados e defendeu que devem sempre ser avaliados os benefícios e ameaças antes de escalar a tecnologia ao público.

Não acho que seria bom para nós abrir o código GPT-4, por exemplo. Acho que isso causaria algum estrago no mundo, ou pelo menos há uma hipótese disso. Não podemos ter certeza que não.

Palavras do CEO da OpenAI ao podcast On With Kara Swisher.

Elon Musk, um idiota

Foi nesta conversa que teceu algumas palavras sobre o papel de Elon Musk nesta “luta” contra o sistema de inteligência artificial.

Elon Musk foi um dos fundadores da OpenAI (ao lado de Sam Altman) em 2015, mas saiu da empresa em 2018 por não concordar com o rumo da empresa. À época, terá dito que o ChatGPT era “assustadoramente bom”, as recentes críticas têm-se feito ouvir nos últimos meses, com o sucesso da ferramenta.

Nas mais recentes críticas, Musk chegou a dizer que o ChatGPT era treinado para ser “woke”, o que em tradução literal significa um conceito sobre quem tem consciência social sobre racismo, homofobia e outras causas, o que segundo ele não faz sentido já que a tecnologia precisa ser agnóstica.

No podcast, Sam Altman, disse que acha que “Elon Musk se preocupa com o futuro em relação à inteligência artificial regenerativa”, mas vê-o como “um idiota” por estar preocupado com o “futuro da humanidade”.

Recorde os principais argumentos descritos na carta aberta:

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