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Bill Gates acredita que pausa na IA não vai resolver desafios

Uma série de personalidades, entre elas Elon Musk e Steve Wozniak, assinaram uma carta aberta dirigida às empresas que estão a explorar os sistemas de Inteligência Artificial a pedir uma pausa no processo de aprendizagem dos sistemas por 6 meses, para haver tempo para regulamentar uma série de questões estão relacionadas diretamente com o impacto na sociedade. Contudo, para Bill Gates, esta pausa não “resolverá os desafios futuros”.


Em entrevista à Reuters, Bill Gates teceu alguns comentários relativos à carta aberta assinada por personalidades da tecnologia, engenharia e ao próprio desenvolvimento de Inteligência Artificial (IA), a pedir que o processo de aprendizagem dos sistemas de IA mais poderosos que o GPT-4, fossem colocados em pausa por 6 meses.

Nesta carta aberta é relatado que os sistemas de IA com inteligência competitiva humana podem representar “riscos profundos para a sociedade e a humanidade”, algo que já foi provado nalgumas pesquisas e até reconhecido pelos principais laboratórios de IA.

É ainda argumentado que os sistemas contemporâneos de IA se estão a tornar competitivos em tarefas gerais e, segundo os autores, tais decisões não devem ser delegadas a líderes tecnológicos não eleitos. Sistemas poderosos de IA devem ser desenvolvidos apenas quando existir confiança de que os seus efeitos serão positivos e os seus riscos serão administráveis.

Para Bill Gates atender ao referido apelo “não vai resolver os desafios que temos pela frente”, sendo necessário seguir outro caminho para os enfrentar.

Não acho que pedir a um determinado grupo para fazer uma pausa resolverá os desafios

Segundo ele, qualquer tipo de pausa nos sistemas de aprendizagem de IA seria difícil de impor. Estamos a falar de limites às várias empresas que estão a investir nestes sistemas, e não a uma em particular, ainda que a OpenAI seja uma das principais visadas que já veio, de certa forma, contestar o pedido da carta.

Bill Gates, embora tenha se distanciado da Microsoft, é o co-fundador da empresa e estima-se que ainda possua cerca de 1% das ações e a empresa Redmond é um dos pilares do presente da inteligência artificial. O seu investimento de mais de 10 mil milhões de dólares na OpenAI impulsionou drasticamente a empresa liderada por Sam Altman, mas essa não foi a única grande contribuição.

Os modelos de linguagem mais avançados foram treinados nos supercomputadores do Azure, a poderosa infraestrutura de cloud da Microsoft. Mais, tanto o ChatGPT quanto o Bing Chat operam numa rede de 60 datacenters, também em Redmond, localizados em diferentes partes do planeta e equipados com o que há de mais moderno em tecnologia NVIDIA.

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