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As Big Tech querem regulamentar a IA. Mas estão a mentir sobre o motivo…

Andrew Ng, professor da Universidade de Stanford, foi cofundador do Google Brain, cientista sénior da divisão de IA do Baidu, e defende que a inteligência artificial “é a nova eletricidade”. Disse isto muito antes de o ChatGPT aparecer, mas vê agora um perigo na forma como as Big Tech estão a pressionar para que se regule este domínio.


 

De acordo com Ng, “a má ideia de que a IA pode significar a nossa extinção” está a fundir-se com “a má ideia de que uma forma de tornar a IA mais segura é impor requisitos de licenciamento complicados”. É isso que empresas como a OpenAI e a Microsoft estão a apoiar, mas para Andrew Ng essa forma de regulamentação vai levar a que haja grandes vencedores e grandes perdedores.

Quando se juntam estas duas más ideias, obtém-se a ideia colossalmente estúpida de propostas regulamentares que tentarão forçar a IA a ser licenciada.

Explicou Ng, numa entrevista. Para ele, haverá uma consequência perigosa se esse caminho for seguido.

Segundo este especialista, este tipo de regulamentação significa que as grandes empresas tecnológicas não terão de competir com os desenvolvimentos no mundo do open-source.

 

Regulamentar a IA, mas regulamentar de forma coerente

Há meses que o CEO da OpenAI defende a regulamentação para o desenvolvimento de sistemas de IA, mas já falámos sobre como esta é uma posição que responde aos interesses da empresa. A UE, que está a avançar com a sua lei sobre a IA, caiu neste primeiro problema de código aberto.

Como explicou Ng, Altman foi um dos seus alunos em Stanford e trabalhou no seu departamento.

Não quero falar especificamente sobre ele, mas penso que seria do interesse de muitas grandes empresas não terem de competir com modelos open-source.

Este especialista não é contra a regulamentação, mas está preocupado com a direção que estas decisões estão a tomar em vários países. Mesmo assim, diz, “uma regulamentação bem pensada seria muito melhor do que nenhuma regulamentação”. Entre as questões a abordar estaria a transparência das empresas tecnológicas para evitar desastres, por exemplo, nas redes sociais.

 

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