Pplware

Web a 3D por ECMAScript

Está na ordem do dia, uma guerra entre browsers pela luta de supremacia ao nível da velocidade. Muitos avanços têm sido conseguidos devido a optimizações ao nível dos interpretadores de JavaScript. Será esta tecnologia apenas a mãe de uma interacção 3D com o utilizador?


Será certamente a visão da Mozilla, que solicitou ao grupo Knronos, para que se comprometa em criar um standard aberto de modo a trazer conteúdo 3D à Internet. Será esperada que a primeira especificação deste novo standard seja lançada daqui a sensivelmente um ano. O grupo Khronos é um consórcio onde vários organismos trabalham de modo a criar especificações tecnológicas, sem qualquer direitos de autor associados. As especificações criadas, servirão de modo a acelerar a propagação de tecnologias dinâmicas e ricas, promovendo standards abertos.

A ideia será em expor as capacidades de “rendering” 3D das bibliotecas OpenGL e  OpenGL ES 2.0 no ECMAScript. Esta tecnologia é muitas vezes confundido com JavaScript e embora não seja a mesma coisa, está intimamente relacionado. O ECMAScript foi aprovado como standard em 1997 e contém na sua especificação, propriedades quer de JavaScript quer de JScript (linguagem de scripting compatível com JavaScript, originária da Microsoft).


Esta funcionalidade será muito importante na interoperabilidade entre sistemas, dado que quer Windows, Linux e Mac, possuem suporte completo OpenGL e certos dispositivos têm progressivamente adoptado o OpenGL ES como a sua API de gráficos ricos. Esta nova tecnologia, caso tenha popularidade, poderá dispensar muitos dos plugins de terceiros que hoje nós todos usamos, para visualizar conteúdo 3D na Internet. Estou-me a lembrar de plugins como flash/shockwave Player, SilverLight e Java Applets. Não seria interessante para si, usufruir uma experiência rica out-of-the-box sem instalar qualquer plugin?

Espera-se que, no caso de este standard se mostrar capaz, além da Mozilla, a Google e a Opera tenham interesse em o adoptar e implementar nos seus browsers. Afinal, como os nossos leitores saberão, têm sido estes browsers os principais “players” e responsáveis, pelos os avanços conseguidos das tecnologias de “Scripting”. Aliás como pode ser observado no Chrome Experiments, a Google tem andado a avançar nesse mesmo caminho sozinha.

Será porém interessante de ver a posição da Microsoft perante este novo standard. Ora vejamos, a empresa de Redmond tem a sua própria linguagem de Scripting (JScript), o seu próprio plugin de conteúdos ricos para Internet (Silverlight) e finalmente a sua API de modelação 3D (Direct3D). Do que tenho analisado recentemente dos passos da Microsoft, não deixo de constatar, que ainda continua interessada em apostar nos seus próprios formatos, do que em formatos totalmente abertos. A adopção do Web Slice no IE8, em detrimento do standard RSS, é bem prova disso. No entanto, há que reconhecer que excluindo o Web Slice, o IE8 foi um passo na direcção certa ao nível de respeito dos standards Web.

Não deixará de ser interessante acompanhar os capítulos deste novo episódio nas tecnologias de informação, que promete “apimentar” ainda mais a guerra de Browsers.


Fonte: TG Daily

Exit mobile version