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Visual Studio 2012 – A nova era do desenvolvimento de software

Por Henrique Carreiro(*) para o PPLWARE

Quando comçou a planear o produto que viria a ser o Visual Studio 2012, a equipa de desenvolvimento olhou para as tendências do mundo do software incorporando também o “feedback” dos seus muitos milhões de clientes em todo o mundo. Algums vectores importantes destacaram-se nitidamente e orientaram o desenvolvimento da nova versão.

Um das mais importantes foi a constatação de que, num esforço para se diferenciarem e aumentar as suas vantagens competitiva, as empresas estão a investir mais na criação de software à medida, em vez de dependerem apenas de soluções “empacotadas”.

Por outro lado, ao mesmo tempo que as empresas modificam as suas exigências face ao software crítico para a a sua operação, tem-se verificado também um grande aumento das aplicações destinadas aos consumidores.

Quer na perspectiva do mercado das empresas, quer na dos consumidores, o desenvolvimento de software passou também a envolver mais participantes provenientes de outras áreas. Pelo lado empresarial, diversos “stakeholders” têm, nas modernas metodologias de gestão de projectos, um papel crucial nas equipas de concepção e desenvolvimento. Os participantes em qualquer nível da organização assumem um papel crítico no sucesso de uma aplicação.

No lado das aplicações para consumidores, o desenho geral, a interface de utiizador e as formas de interacção introduzem na concepção do software especialistas de muitas outras áreas. Os utilizadores finais devem também ser envolvidos para assegurar que a aplicação tem que ser não apenas funcional mas também eficiente e fácil de aprender.

Todo estes participantes são fulcrais no desenvolvimento das aplicações modernas e as respectivas contribuições terão que ser incorporadas no processo de concepção. Essa é uma das áreas chave no novo Visual Studio 2012 e do Team Fundation Server, que tornam mais fácil a inclusão de participantes internos e externos durante o ciclo de desenvolvimento.

Finalmente, houve uma multiplicação de plataformas, ainda que o desenvolvimento para a Web se tenha tornado mais relevante. Consequentemente, a equipa do Visual Studio quis assegurar que a nova versão incluísse as ferramentas necessárias para ajudar os seus utilizadores a desenvolver rapidamente aplicações quer de âmbito empresarial quer para consumidores.

O desenvolvimento de software está a transitar de uma época em que o seu foco era essencialmente empresarial para passar a incluir uma grande ênfase nos consumidores, resultando na emergência de de um multiplicidade de aplicações destinadas ao mercado para novos dispositivos. A quantidade destes novos dispositivos traduz, em si mesma, outro dos grandes desafios para os criadores de software.

Até há poucos anos atrás, a maioria das aplicações corria ou num servidor ou num desktop. Hoje, muitas outras plataformas são comuns: os “smartphones” e os tablets, por exemplo, estão a tornar-se omnipresentes.

Consistência torna-se assim a palavra de ordem: os programadores deverão ou criar aplicações que funcionem em múltiplas plataformas com uma experiências de utilização consistente, ou criar aplicações adaptadas às especificidades de cada plataformas, mas com uma lógica de negócio igualmente consistente.

É necessário também assegurar uma experiência de interligação de dispositivos que permita ao utilizador mover-se de forma transparente entre eles. O Visual Studio 2012 simplifica a tarefa de criar aplicações que funcionem em múltiplas plataformas, incluindo telefones Windows Phone, dispositivos (nomeadamente os sensíveis ao toque) correndo o Windows 8, com aplicações em modo de ecrã pleno, a consola Xbox 360 e, claro, o computador desktop tradicional.

Bibliotecas portáveis permitem que os programas sejam escritos e compilados uma vez e em seguida executados em múltiplas plataformas.

Com o Team Foundation Server é fácil trabalhar em plataformas alternativas e ainda manter o controlo do código fontes e da sequência temporal dos projectos, integrando ao mesmo tempo um conjunto díspare de ferramentas de desenvolvimento de terceiros.

No Visual Studio 2012 a interface foi melhorada para remover elementos não ncessários do ecrã, proporcionando ainda assim acesso rápido a características frequantemente usadas. A remoção de distracções ajuda ao foco nas tarefas de desenvolvimento.

Com o advento de novas plataformas e novos canais de distribuição, surgem novos desafios e oportunidades. As aplicações podem ser desenvolvidas para muitas plataformas, cada uma delas com exigências subtilmente diferentes. O Visual Studio 2012 ajuda a criar aplicações que ultrapassam fronteiras de dispositivos. Modelos de projectos, ferramentas de “debugging e bibliotecas portáveis de código ajudam a tornar o processo de concepção das aplicações substancialmente mais simples. O Visual Studio permite mesmo fazer o upload da aplicação para a Windows Store.

Uma outra mudança importante é o aumento do número de aplicações que usam e implementam serviços para acesso a dados. De jogos, a aplicações de informação de tráfego ou guias turísticos, muitas aplicações usam serviços para proporcionar informação actualizada e relevante.

As aplicações podem assumir um cariz viral e de um dia para o outro tornarem-se um sucesso de massas. Se isto acontecer, é necessário assegurar que os serviços que proporcionam os dados são capazes de aguentar o súbido influxo de pedidos. O novo Visual Studio suportar uma gama de modelos que vão dos síncronos bidireccionais até aos assíncronos de elevado desempenho.

Desenvolver uma solução que seja escalonável é apenas parte do desafio. É necessário também proporcionar um ambiente adequado para alojar as aplicações. Com o Visual Studio é possível desenvolver para uma gama de escolhas infraestruturais, quer se tenha como plataforma alvo um servidor físico, um virtual, ou uma “cloud” pública ou privada. No caso da plataforma alvo ser o Windows Azure, pode ser feito de imediato o “deployment” directo do Visual Studio para a cloud. A escalonabilidade também está salvaguardada, caso a popularidade surja de forma viral.

É na confluências destas novas tendências que o Visual Studio 2012, agora lançado, se posiciona : por um lado a exigência de uma renovada agilidade no desenvolvimento empresarial, por outro, o foco no utilizador final e em especial no mercado de consumo.

Ao permitir aos programadores focarem-se no desenvolvimento do seu código, envolvendo os restantes participantes e ao facilitar a implementação o Visual Studio assegura, de facto, tratar-se de uma ajuda crucial à criação de valor por parte das equipas de desenvolvimento.

(*)Microsoft, Plataformas de Desenvolvimento

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