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Vai tirar a carta? Vai ter de saber usar um desfibrilhador

Há um número cada vez maior de desfibrilhadores automáticos externos (DAE) instalados em locais públicos. Sabe-se que a instalação destes equipamentos aumentará nos próximos anos, assim como o número de pessoas que passarão a ter formação.

Sabia que se for tirar a carta vai ter de saber usar um desfibrilhador?


Segundo a associação portuguesa de segurança, a desfibrilhação é a aplicação de uma corrente elétrica num doente através de um desfibrilhador, um equipamento eletrónico cuja função é reverter um quadro de fibrilhação auricular ou ventricular.

A reversão ou cardioversão dá-se mediante a aplicação de descargas elétricas no corpo do doente, monitorizadas de acordo com a necessidade em causa, fazendo com o que sangue volte a circular nas zonas afetadas.

Os choques elétricos são geralmente aplicados diretamente na parede torácica do doente ou através de elétrodos (placas metálicas ou apliques condutivos que variam de tamanho e área conforme a necessidade).

A disfribilhação é a única terapia eficaz para a fibrilhação ventricular. Por cada minuto que passa sem manobra de Suporte Básico de Vida (SBV) e desfibrilhação, a hipótese de sobrevivência diminui 7% a 10%.

 

Desfibrilhadores Automáticos Externos

O Desfibrilhador Automático Externo (DAE), utilizado em paragens cardiorrespiratórias, tem como função identificar o ritmo cardíaco ou fibrilhação ventricular (FV) presente em 90% das paragens cardíacas. Este equipamento tem a capacidade de efetuar a leitura automática do ritmo cardíaco e as condições cardíacas através de pás adesivas em contacto com o tórax do paciente.

O DAE tem o propósito de ser utilizado por público leigo e não especializado, com a recomendação de que o operador/utilizador faça um curso de Suporte Básico de vida (SBV) em paragem cardíaca. As descargas elétricas de 200 Joules (bifásico) e 360 Joules (monofásico) devem ser ministradas em adultos. As crianças acima de 8 anos – 100 Joules (redutor).

Hoje em dia, são utilizados equipamentos em Unidades de Emergência e UCI (Unidades de Cuidados Intensivos), com cargas monofásicas que variam de 0 a 360 Joules ou Bifásicas de 0 a 200 Joules.

 

Novos condutores vão ter de saber usar um desfibrilhador

De acordo com o JN, os novos condutores vão ter de saber usar um desfibrilhador. De acordo com a informação,  além das forças de segurança, nadadores-salvadores, tripulação de aviões, entre outros grupos que, pela profissão que exercem, estão mais expostos a situações de paragem cardiorrespiratória, a formação também será obrigatória para quem vai tirar a carta de condução (das diferentes categorias).

A formação obrigatória em DAE é também sugerida aos alunos do Ensino Secundário e dos cursos superiores de Ciências da Saúde e Desporto.

A recomendação é de um grupo de trabalho criado pelo Ministério da Saúde. Este grupo defende ainda que os locais por onde passam em média mil pessoas disponham de desfibrilhadores automáticos externos. Centros comerciais, hotéis, monumentos ou comboios de longo curso devem passar a ter este equipamento.

Neste momento há cerca de dois mil desfibrilhadores licenciados pelo INEM.

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