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Preview Nokia Lumia 900

A Microsoft e a Nokia juntaram forças para tentarem combater a ascensão do Android e do iPhone/iOS no mercado dos dispositivos móveis como tal lançaram uma primeira fornada de Lumias (a linha da Nokia desenhada para o Windows Phone).

Devido à tendência crescente de telemóveis com grandes ecrãs estava mais que na hora da Nokia lançar algo com um painel de grandes dimensões (o Lumia 800 tem um ecrã de 3’7 polegadas). É assim que nasce o Nokia Lumia 900.

Eu trabalho com Android diariamente portanto é desafiante e muito interessante poder utilizar um sistema completamente diferente durante uns tempos para escrever análises. Tal como fiz para a análise do HTC Radar vou adotar um estilo de artigo um pouco diferente do habitual. Neste caso é apenas um unboxing, mas vai seguir mais ou menos o mesmo caminho.

Antes de mais nada vamos conhecer este terminal por dentro:

Uma das primeiras impressões que se tem do dispositivo é o seu tamanho – com “apenas” 4.3 polegadas consegue ser ligeiramente maior e mais largo que o Galaxy S3 que tem 4.8 polegadas de ecrã. A ideia inicial que tinha do Lumia 900 é que seria uma versão alargada do Lumia 800… mas não é certamente o que se passa aqui. A elegância do 800 não se mantém e este consegue ser um bocadinho agressivo visualmente (pode variar de pessoa para pessoa) perdendo um pouco o toque premium que o seu irmão mais novo aparenta. Isto será abordado mais promenorizadamente na análise final pois eu ainda tenho poucos dias de uso.

Algo que me impressionou no Windows Phone Mango 7.5 foi a sua fluidez e esta continua presente neste terminal. Mas este sistema operativo continua a parecer algo crú comparando com o Android. Parece que faltam aplicações, alternativas, liberdade… A nível de aplicações o Marketplace cresceu consideravelmente desde a análise do Radar. Irei testar a variedade de apps e falarei sobre isso com pormenor na análise.

Tenho algumas dúvidas da capacidade desde hardware. A Microsoft é muito rígida na hora de dar liberdade aos vendors de escolherem hardware para correrem o Windows Phone e sinceramente não sei até que ponto é que isso é prejudicial para a evolução da plataforma. A nível de compatibilidade de drivers para actualizações de sistema é óbvio que facilita o tempo de preciso para adaptar o software, mas depois passamos a usar hardware muito antigo… Por exemplo este GPU Adreno 205 tem dois anos… é o mesmo do famoso HTC Desire HD. O próprio CPU é algo antigo e obsoleto e é aqui que a Microsoft acaba por perder algum terreno. Certo é que o sistema operativo parece não precisar de mais hardware, mas a nível de aplicações não vai dar para haver uma evolução mais significativa pois este chip não aguenta muito mais do que aquilo que se é pedido. Está na hora dos dual cores, dos 2GB de ram, do HD… Se a Microsoft quer ser competitiva talvez esteja na hora de começar a remar. Estou curioso para testar aplicações mais pesadas para depois apresentar na análise final.

Outro ponto MUITO negativo para mim é a resolução do ecrã. Temos um tamanho considerável com uma resolução antiga e praticamente obsoleta nos telemóveis mais recentes. É certo que Galaxy S2 tem 4.3 polegadas e também tem 800×480 mas o Galaxy vem com um painel AMOLED Plus e saiu em Abril de 2011… enquanto que o Lumia 900 saiu por alturas de Fevereiro de 2012 onde já havia ecrãs 720p desde Novembro. Não consigo entender estas escolhas por parte da Microsoft. A qualidade de imagem é bastante fraca, falta brilho e falta definição (ainda por cima estou rodeado de Androids com ecrãs 720p, a diferença é abismal). Tem boas cores e bons pretos, mas não sei até que ponto é que é argumento suficiente para se escolher este terminal em detrimento de um com um painel melhor.

Quando analisei o HTC Radar a gestão de bateria surpreendeu me muito. Durou me muito mais do que um Android em termos de uso normal portanto tenho alguma expectativa em relação ao Lumia. O tamanho do ecrã vai concerteza influenciar a utilização de bateria, mas neste momento não tenho dados concretos pois o meu uso ainda foi reduzido.

Vai ser interessante testar este telemóvel durante os próximos dias tendo em conta o que descrevi acima. Sistema operativo sólido, bonito, interessante, fluído e completamente desconhecido para mim. Vai ser um bom desafio portanto deixo-vos um conjunto de imagens do telemóvel para irem namorando até sair a análise final.

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