O TikTok é uma das mais populares redes sociais, mas por ter controlo chinês, é também um dos mais controversos. De forma a evitar bloqueios por parte dos EUA e, eventualmente, noutros países do ocidente, nomeadamente na UE, o TikTok poderá vir a tornar-se independente da ByteDance.
Foram já vários os órgãos governamentais de vários países pelo mundo que proibiram a utilização do TikTok em dispositivos dos respetivos funcionários dos governos. O problema centra-se essencialmente em questões de segurança e proteção de dados que não estão garantidos, desde logo porque, ao abrigo da lei chinesa, o TikTok é obrigado a cooperar com o governo com a partilha de qualquer informação solicitada pelas agências de inteligência.
Segundo avança o Bloomberg, o TikTok poderá estar a preparar a separação da ByteDance para combater estas restrições que estão a ser impostas e fortalecer, de certa forma, a confiança por parte dos governos.
O site refere que se o TikTok avançar com esse plano nos Estados Unidos, as possíveis saídas seriam duas: ser comprada por outra empresa ou abrir o capital através de uma oferta pública de venda (OPV). No entanto, é importante esclarecer que o hipotético processo de desinvestimento seria considerado como uma opção de último recurso, não havendo garantia de que seria bem sucedido.
Ao que tudo indica, o TikTok colocaria sobre a mesa o corte de relações com a ByteDance apenas se fracassar a sua negociação com a Casa Branca para garantir a proteção das informações dos utilizadores americanos que está a decorrer atualmente.
Através do Project Texas, a empresa compromete-se a proteger os dados dos utilizadores norte-americanos, ao armazená-los numa infraestrutura cloud gerida pela Oracle, que também iria garantir a segurança do software. Portanto, o desenrolar deste processo está dependente das negociações com os EUA.
Na Europa, o TikTok vai abrir dois novos centros de dados na Irlanda e Noruega para reforçar a proteção de dados dos utilizadores europeus. Além disso, a empresa tem que se comprometer a respeitar a normativa europeia de proteção de dados, que terá de ser cumprida pelas grandes tecnológicas até 1 de setembro, segundo a nova lei de serviços digitais.