Pplware

Preço das chamadas móveis mais caras desde Janeiro

Os tarifários móveis estão mais caros desde Janeiro, o que não é novidade desde o anúncio um mês antes da subida de preços pelos três principais operadores. Na altura, referiram aumentos na ordem dos 3,1%, “em linha com a inflação prevista para 2012”, mas a Deco fez as contas e detectou a subida nos preços das comunicações entre 6% e 8% nalguns tarifários.

Os três principais operadores justificam os aumentos com a inflação de 3,1% prevista para 2012, mas há grupos de tarifários onde atingem os 6% e 8%. Acrescem custos por inactividade do cartão na TMN, penalizando os utilizadores pouco frequentes.

Aumentos acima da inflação nos tarifários pré-pagos com mensalidade Ao mesmo tempo que comunicava a actualização de preços para este ano, a TMN, por exemplo, garantia que as mensalidades dos tarifários «e» e Moche não iriam aumentar. Na verdade, os preços das comunicações nestes tarifários registaram um aumento entre 6% e 8%, consoante o tarifário e o tipo de comunicação (chamadas e SMS dentro ou fora da rede), para compensar a manutenção do valor da mensalidade. Acontece o mesmo na Vodafone e na Optimus. No restante grupo de tarifários, só o Optimus POP sem carregamentos sofre também um aumento superior, a rondar os 6 por cento.

Se tiver um tarifário pré-pago com mensalidade, o aumento nos custos depende do peso da mensalidade e das comunicações adicionais. Para um utilizador médio com tarifário Moche, Vita 91 Extreme ou Yorn Power Extravaganza com uma mensalidade de € 12,5, um aumento de 7% no preço das comunicações mensais não gratuitas representa um acréscimo de 4,2% na fatura. Nos tarifários VodafoneVita0, TMN “e” e Optimus Zero, o aumento é mais aproximado dos 3,1 por cento. Quanto mais gastar além da mensalidade, maior é a penalização.

Os operadores não alteraram o valor da mensalidade nestes tarifários pré-pagos devido aos montantes permitidos de carregamento, mas penalizar os preços das comunicações duas vezes acima do aumento para os restantes tarifários não é solução: tanto pode originar aumentos de cerca de 3,1%, em média, como de 4,2% ou mais, consoante o peso das comunicações adicionais.

A Zon Mobile manteve os preços, ao contrário da Phone-ix que, no início de fevereiro, fez um ajustamento nos tarifários Trintix e Segundix (Base e Família).

Custos por inactividade do cartão Há outros custos que justificam atenção máxima. A TMN alterou as condições gerais nos tarifários pré-pagos para introduzir uma taxa de manutenção do cartão de 0,50 euros. Esta é aplicada sempre que não efectue tráfego, pagamentos ou recargas num período de 30 dias.

No site da TMN, só encontra a informação seleccionando, através da página principal, “Tarifários”, “pré-pagos” e depois “Condições Gerais”: “Simultaneamente às condições de validade, aos clientes pré-pagos que não efectuem tráfego, pagamentos ou recargas no prazo de 30 dias será cobrada uma taxa de manutenção do cartão de 0,5 EUR. O cliente será avisado por sms da cobrança deste valor. Estão excluídos da cobrança da taxa de cartão inactivo os clientes com tarifários “e”, moche e kids.” Não adianta seguir a ligação nas condições de cada tarifário: a informação, de Outubro do ano passado, está desactualizada.

A Vodafone já aplicava uma taxa por carregamentos fora de prazo, desde Dezembro de 2010, nos tarifários Vodafone Vita 91 Extreme e Yorn Power Extravaganza, ambos sem mensalidade. Na altura, podia ler-se nas condições dos tarifários que caso não se verificasse o carregamento no prazo, o utilizador ficaria impedido de fazer comunicações (pode apenas receber). Após 2 dias de atraso, passaria a ter um custo de € 0,492 diários (actualmente, 0,50 euros). Também desde Janeiro de 2011, com o Optimus TAG, se não for efectuado carregamento no prazo, o utilizador fica impedido de fazer comunicações durante 15 dias e, nesse período, nos dias em que recebe comunicações, são cobrados € 0,50 por dia.

Utilizadores pouco frequentes penalizados! Depois das alterações nos tarifários de grupo em Dezembro de 2010, penalizadoras sobretudo para os jovens, a situação actual é mais grave dada a cobrança de € 0,50 por cada 30 dias de inactividade em todos os tarifários da TMN (com poucas excepções).

Nos tarifários sem carregamentos obrigatórios, como indica a TMN, a condição para os manter activos é «realizar ou receber uma chamada não gratuita de 90 em 90 dias». Logo, não se compreende por que aplica uma penalização por inactividade do cartão após 30 dias, sobretudo se o cartão estiver a receber chamadas (mesmo que 1 em cada 90 dias), mantendo-se assim activo. O apoio ao cliente da TMN confirma: tem de efectuar uma chamada, um sms, um pagamento ou uma recarga, pois as chamadas recebidas só contam para o prazo dos 90 dias.

[via deco.proteste]

Exit mobile version