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Suécia está a abandonar os manuais digitais? E em Portugal?

Vivemos numa era altamente tecnológica onde o digital se tem vindo a sobrepor a tudo. É uma realidade e parece um caminho natural, mas há quem também esteja preocupado com tal caminho. Na Suécia, os professores estão a regressar aos manuais em papel, recuando no digital.


Ministra da Educação sueca diz que manuais físicos são importantes…

O momento é de voltar aos métodos tradicionais de ensino e o papel pode voltar a ser uma realidade. Na Suécia, a medida surgiu depois de políticos e especialistas terem questionado a abordagem hiper-digitalizada da educação no país, mais concretamente se a introdução de tablets nos jardins-de-infância não terá levado a um declínio das competências básicas, segundo revela a SIC Notícias.

Um dos sinais de alerta partiu dos resultados do último estudo internacional sobre Literacia em Leitura (PIRLS) que revelou que as crianças suecas estavam com mais dificuldades nesta área.

A ministra da Educação sueca, Lotta Edholm referiu que os livros físicos “são importantes para a aprendizagem dos alunos” e “os estudantes suecos precisam de mais manuais escolares”. Em 2021, os alunos suecos do 4.º ano obtiveram uma média de 544 pontos, uma descida em relação à média de 555 pontos registada em 2016. 

O Instituto Karolinska da Suécia afirma que “há provas científicas claras de que as ferramentas digitais prejudicam, em vez de melhorarem, a aprendizagem dos alunos”. A Agência das Nações Unidas para a Educação e Cultura (UNESCO) emitiu também um “apelo urgente ao uso apropriado da tecnologia na educação”.

Qual o cenário do digital na educação em Portugal?

Revela a SIC Noticias que em Portugal o Ministério da Educação prevê a substituição gradual dos manuais em papel para livros digitais, estando previsto que este ano letivo a medida chegue a mais de 20 mil alunos do 3.º ao 12.º ano. De referir que o ministro da Educação, João Costa, é um defensor do livro em papel.

Apesar das mais recentes mudanças, há alguns especialistas que consideram que alguns défices de aprendizagem podem ser resultado da pandemia de COVID-19.

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