A tecnologia que a Google nos oferece nos dias de hoje está a dotar-nos de formas de ver o mundo de maneiras diferente e até à pouco tempo nem imaginadas. Para além de conseguirmos ver qualquer local do planeta num mapa e sobre ele podemos agir de um vasto número de formas.
A verdadeira revolução veio quando trouxeram para público Street View e passámos a poder ver de forma realista esses mesmos locais, dando-nos a possibilidade de imergir nesses locais, como se estivéssemos fisicamente lá.
Desde a sua origem que o Google Street View esteve envolto em polémica devido a questões de privacidade, que a Google prontamente resolveu ou tentou resolver nos tribunais.
Apesar de todas estas polémicas, é inquestionável que este é um dos melhores serviços que a Google nos proporciona. Podemos passar de forma virtual em várias cidades do mundo ou simular uma qualquer viagem de carro entre dois pontos.
A Google tem ao longo dos anos tentado melhorar este serviço e leva-los a locais até agora impossíveis. Para isso alterou a forma de recolha de imagens, transpondo toda a tecnologia que desenvolveu para os seus carros e colocando-a nos mais diversos meios de transporte.
Abriram-se assim as portas e podemos navegar já em sítios até agora inacessíveis de forma virtual. Passámos a poder andar em jardins algures no mundo ou visitar museus que estão a milhares de quilómetros de distancia do local onde nos encontramos.
Mas e como recolhe a Google essas imagens? Vamos conhecer um pouco mais sobre esses “meios de transporte” que nos permitem viajarmos sem sairmos do conforto do nosso lar.
Carro
Quando iniciaram o Street View como projecto experimental, foram colocados vários computadores na traseira de um carro, câmaras, lasers e um aparelho GPS no tejadilho e deram umas voltas para recolher as primeiras imagens. Desde o lançamento do Street View em cinco cidades dos EUA, em 2007, aumentaram as vistas panorâmicas de 360 graus e passaram a incluir locais de todo o mundo.
Depois, usaram uma carrinha, durante algum tempo, até mudarem para uma frota de carros que lhes permitiu expandir o projecto pelos EUA e pelo resto do mundo. Passaram de um porta-bagagens cheio de computadores para um computador por carro e aperfeiçoaram o sistema de câmaras, para que conseguisse recolher vistas panorâmicas com maior resolução.
Depois de várias alterações ao carro e à tecnologia da câmara, o último carro conta com 15 lentes que tiram fotografias de 360 graus. Também inclui sensores de movimento, para monitorizar a sua posição, um disco rígido para armazenar dados, um pequeno computador que corre o sistema e lasers para capturar dados em 3D e determinar distâncias nas imagens do Street View.
Triciclo
Embora o carro do Street View os tenha conduzido a alguns dos locais mais espectaculares do planeta, não foi possível chegar a alguns dos locais mais interessantes e divertidos de carro. Um dia, enquanto andava na sua bicicleta de montanha, o Engenheiro Mecânico Dan Ratner apercebeu-se de que podia juntar o seu passatempo preferido ao Street View para explorar novos locais e começou a trabalhar num sistema de câmara para instalação numa bicicleta. Como resultado, conseguiram levar o Triciclo para parques e percursos, campus universitários e até mesmo estádios desportivos.
Mota de Neve
Assim que conseguiram levar o Triciclo a tantos sítios espectaculares, começaram a pensar noutros locais que poderiam visitar e lembraram-se de pôr o equipamento do Street View numa mota de neve. Conseguiram montar tudo isto em alguns fins de semana, utilizando algumas tábuas de madeira, fita adesiva e discos rígidos adicionais embrulhados em casacos de neve, para sobreviverem às gélidas condições atmosféricas. Felizmente, a equipa do resort Whistler Blackcomb partilhava do mesmo entusiasmo, pelo que agora passou a ser possível explorar o Whistler no Street View.
Carrinho
Quando um grupo de colaboradores da Google, entusiastas da arte, quis levar a tecnologia do Street View a museus em todo o mundo, tiveram de desenvolver um sistema que pudesse passar facilmente nas entradas dos museus e circular sem problemas à volta das esculturas. Foi necessário adaptar o equipamento para o colocar num suporte ainda mais pequeno, um carrinho de mão que designaram simplesmente por “carrinho”, e que lhes permitiu recolher as imagens que pode explorar no Google Maps.
Agora que conheceram um pouco melhor as diferentes formas que a Google tem para recolher todas as imagens que disponibiliza, é hora de darem mais um passeio virtual pela terra. Escolham um qualquer lugar no planeta e arrastem o Pegman para aí e comecem a visita virtual.
Se não souberem que locais visitar aconselhamos a visitarem um dos vários locais que foram apresentados na forma de links neste artigo. Garantimos que passam aí bastante tempo a visitarem locais que provavelmente nunca visitaram e sempre tiveram curiosidade de ver ao vivo.