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Retomas dos bancos: estará ali a sua próxima habitação?

Muitas vezes os bons negócios surgem quando menos se espera. Como quando anda à procura de casa, por exemplo. As retomas dos bancos ou os imóveis penhorados pelo Estado podem ser oportunidades a não perder.


Imóveis penhorados…. uma oportunidade

A compra de um imóvel é uma decisão significativa na vida de qualquer pessoa, e encontrar a melhor oportunidade no mercado pode ser um verdadeiro desafio.

Uma das opções que tem vindo a ganhar destaque nos últimos anos é a aquisição de imóveis provenientes de retomas de bancos ou de penhoras realizadas pelas Finanças. Estes imóveis, muitas vezes, são colocados à venda a preços mais baixos do que o valor de mercado, o que pode parecer uma excelente oportunidade.

No entanto, tal como qualquer investimento, esta escolha tem as suas vantagens e desvantagens que devem ser cuidadosamente ponderadas antes de tomar uma decisão.

Apostar nas retomas dos bancos

A principal vantagem de adquirir um imóvel de retoma bancária é o preço. Geralmente, os bancos estão interessados em vender rapidamente estes imóveis para recuperar o valor dos créditos que concederam e que entraram em incumprimento. Por isso, é comum encontrar ofertas a preços abaixo do valor de mercado, o que pode representar uma economia significativa para o comprador.

Depois, há que ter em conta a possibilidade de conseguir condições de financiamento mais vantajosas. Os bancos, por estarem interessados em vender estes imóveis, podem oferecer spreads mais baixos ou isenções de algumas comissões. Estas condições podem ainda facilitar a aquisição, especialmente para quem tem menos capacidade de entrada inicial.

Em alguns casos, os bancos estão abertos à negociação do preço final ou das condições de venda. Esta margem para negociação pode ser aproveitada para obter ainda melhores condições, seja na redução do preço, seja na melhoria dos termos do financiamento.

 

O que deve ter em atenção

Muitas vezes, os imóveis provenientes de retomas bancárias podem estar em mau estado de conservação. Isto pode ocorrer porque os anteriores proprietários, enfrentando dificuldades financeiras, podem não ter tido capacidade para manter o imóvel em boas condições. Em alguns casos, há relatos de imóveis vandalizados ou abandonados, o que pode implicar custos adicionais consideráveis para o comprador em termos de obras de recuperação.

Além do mais, o processo de compra pode ser mais complexo e moroso do que o normal. Além dos procedimentos burocráticos habituais, pode ser necessário lidar com questões legais relacionadas com o anterior proprietário, como a regularização de dívidas ou problemas com o registo do imóvel.

E as penhoras das Finanças?

Os imóveis penhorados pelas Finanças são geralmente vendidos em leilões. Com alguma sorte e estratégia, é possível arrematar um imóvel a um preço significativamente inferior ao seu valor de mercado, especialmente se houver pouca concorrência no leilão.

Uma das principais desvantagens é a necessidade de pagamento imediato. Nos leilões das Finanças, o comprador normalmente tem de pagar o valor total do imóvel em poucos dias, o que pode ser um desafio para quem não dispõe de liquidez imediata ou não tem o financiamento já aprovado.

Em alguns casos, os imóveis penhorados podem ainda estar ocupados pelos antigos proprietários ou por inquilinos, e a desocupação pode ser um processo complicado e demorado. Além disso, o comprador terá de arcar com os custos legais para desalojar os ocupantes, o que representa um risco adicional.

Assim, comprar um imóvel proveniente de retomas dos bancos ou de penhoras das Finanças pode ser uma oportunidade vantajosa, mas é crucial avaliar todos os aspetos envolvidos.

O preço mais baixo é um atrativo inegável, mas os potenciais problemas associados ao estado de conservação do imóvel, à complexidade dos processos e às exigências de pagamento imediato devem ser cuidadosamente considerados.

Cada caso é único, e a decisão deve ser tomada com base numa análise detalhada das condições do imóvel, das suas necessidades financeiras e das suas expectativas de investimento.

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