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Redes Ad-hoc podem ser o futuro das linhas de emergência

As redes informáticas são instrumentos fundamentais para propagar, no geral, todo o tipo de dados. Num cenário de catástrofe, quando todas as telecomunicações falham, propagar uma mensagem de emergência pode ser um verdadeiro desafio, mas pode fazer a diferença para salvar vidas.

Os smartphones podem, devido à sua ligação ubíqua ao meio envolvente, desempenhar um papel importante para produzir uma rede Ad-Hoc de grande escala.


Thomas Wilhelm um cientista na área de computação, apresentou em Las Vega na conferência de segurança DefCon o projecto Auto-BAHN. Este projecto consiste num software que permite que dados sejam transmitidos entre vários smartphones funcionando estes como nós que propagam dados numa rede Ad-Hoc. Utilizando uma analogia não informática, pense nesta tecnologia como uma longa distância que é percorrida por vários pombos correio, onde cada um passa por um posto intermédio e a sua mensagem é passada a outro pombo. Isto é, uma vez enviada a mensagem, esta propaga-se pela rede, entre outros dispositivos Auto-BAHN, até chegar ao seu destino.

Os possuidores de um dispositivo que contenha a aplicação Auto-BAHN apenas podem enviar a mensagem para utilizadores da mesma tecnologia. Segundo o investigador, esta tecnologia suporta recursos sem fios que hoje em dia é vulgar encontrarmos em telemóveis (mesmo os de baixo custo), como Bluetooth e Wi-Fi.

A Auto-BAHN pode revelar-se de extrema utilidade em inúmeros cenários de desastres e alertar serviços de emergência para poderem intervir na localização de sobreviventes. Para já Wilhelm produziu uma aplicação que integra a tecnologia em smartphones Android e encontra-se já a trabalhar numa aplicação equivalente para iPhone. O investigador está ainda a tentar convencer os principais fabricantes de Smartphones para incluirem o Auto-BAHN por omissão nos seus dispositivos.

Todas as tecnologias que podem salvar vidas são de extrema utilidade principalmente para países em constante tensão e conflito. Seria interessante saber quais seriam as implicações do uso desta tecnologia por parte dos manifestantes que fizeram a mudança de regime no Egipto, já que o país durante algum tempo ficou sem qualquer tipo de acesso à rede do exterior. [via]

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