O jogo causa vícios e o jogo das raspadinhas não é exceção. Em Portugal há cerca de 100 mil pessoas em Portugal apresentam sintomas de vício. Segundo um estudo, o vício das raspadinhas é mais comum nas pessoas com menos estudos e com menos rendimentos.
Segundo o estudo “Quem paga a raspadinha?”, apresentado esta terça-feira pelo Conselho Económico e Social (CES) em conjunto com a Universidade do Minho, quem tem rendimentos mais baixos gasta mais dinheiro em raspadinhas, mais concretamente quem ganha entre 400 e 664 euros por mês, em comparação com pessoas que auferem mais de 1.500 euros.
Revela o estudo que o nível de vício aumenta em pessoas com menos estudos. Isto acontece porque é um jogo barato, de fácil acesso e de resultado imediato. Ainda segundo o estudo, este tipo de jogo afeta proporcionalmente mais mulheres do que homens, ao contrário do que acontece noutras modalidades de jogo.
A provedora Ana Jorge, em declarações à TSF, não avança as medidas, mas garante que a Santa Casa vai trabalhar para promover o jogo responsável.
Temos de balancear muito a nossa intervenção social de desenvolvimento e de apoio às pessoas com maiores fragilidades e, ao mesmo tempo, uma das suas fontes de rendimento. Estamos completamente disponíveis para abordar o problema e as questões que este estudo poderá apontar para desenvolvermos medidas que possam ir ao encontro daquilo que é o controlo e a regulamentação da dependência.
Não tenho nenhuma novidade sobre isso. Todo o trabalho que tem sido feito continua, mas de certo modo, este estudo vai poder acrescentar, fazer refletir e estaremos completamente disponíveis. Vamos encontrar algumas medidas que possam desenvolver ainda mais as questões do jogo responsável
A probabilidade de vício aumenta também com a idade, já que quem tem mais de 66 anos joga mais.