Tal como já referimos recentemente, o gasoduto para transporte de gás natural através do Mar Báltico, conhecido como Nord Stream têm sido alvo de “ataque”. A Suécia detetou inicialmente duas explosões submarinas, “muito provavelmente devido a detonações”, perto dos locais onde foram detetadas fugas nos gasodutos que transportam gás russo para a Europa.
Com a deteção de uma quarta fuga, a NATO ameaça intervir.
Suécia detetou nova fuga no gasoduto Nord Stream
Os países membros da NATO manifestaram hoje profunda preocupação com os danos nos gasodutos Nord Stream no mar Báltico e advertiram que “qualquer ataque deliberado contra as infraestruturas críticas dos Aliados” merecerá uma “resposta unida e determinada”.
De relembrar que as autoridades dinamarquesas e suecas detetaram fugas no gasoduto Nord Stream 1, que a Rússia encerrou no início de setembro, e no gasoduto Nord Stream 2, que nunca foi posto em funcionamento devido à falta de autorização da Alemanha, na sequência da invasão russa da Ucrânia.
Apesar de não estarem operacionais, os dois gasodutos estavam cheios de gás. Mais recentemente a Suécia detetou e denunciou uma quarta fuga.
Numa declaração divulgada em Bruxelas, o Conselho do Atlântico Norte, principal órgão de decisão política da organização da NATO, começa por apontar que “os danos causados aos gasodutos em águas internacionais no Mar Báltico são motivo de profunda preocupação” e sublinham que “toda a informação atualmente disponível indica que são resultado de atos deliberados, imprudentes e irresponsáveis de sabotagem”, revela a Lusa.
As fugas estão a causar agitação marítima significativa na superfície da água, ao longo de várias centenas de metros, o que impossibilita a inspeção imediata das estruturas, segundo as autoridades.
Suécia, Dinamarca, Alemanha, União Europeia (UE) e NATO alegaram que as fugas do Nord Stream foram causadas por um “ato intencional” e “sabotagem”.
O primeiro Nord Stream, com capacidade de bombeamento de 55.000 milhões de metros cúbicos de gás por ano, foi interrompido após a Rússia alegar uma fuga de óleo na única estação de compressão russa que ainda estava em operação.
Já o Nord Stream 2 nunca entrou em operação devido ao bloqueio da infraestrutura por parte de Berlim, mesmo antes do início da invasão russa da Ucrânia em fevereiro.