O uso de telemóveis durante a condução tem originado bastante sinistros. De acordo com dados gerais da Polícia de Segurança Pública (PSP) , entre 1 de janeiro e 30 de abril foram registados 4 998 acidentes que provocaram 53 mortos.
A PSP lançou agora a operação “Phone Off”, que tem como objetivo fiscalizar o uso do telemóvel durante a condução.
A PSP vai ter em curso entre hoje e o dia 12 de maio a operação “Phone Off”. O objetivo é diminuir os elevados níveis de sinistralidade rodoviária e para isso irá “prevenir e dissuadir os comportamentos de risco que, de forma decisiva, contribuem para a ocorrência de acidentes rodoviários”.
A PSP lembra que
com excepção dos aparelhos dotados de um único auricular ou de microfone com sistema de alta voz, o Código da Estrada proíbe a utilização e manuseamento de telemóveis durante a condução/marcha dos veículos atendendo a que estudos demonstram os seus efeitos nocivos, comprovando que o uso de ferramentas digitais ao volante aumenta drasticamente o risco de acidentes rodoviários
De acordo com um estudo de 2015, usar o telemóvel enquanto se conduz multiplica o risco de acidente por 23, e 31% dos portugueses admitem enviar e ler SMS enquanto conduzem. Os estudos confirmam que é difícil para os condutores levarem a cabo as tarefas básicas e essenciais a uma condução segura, se estiverem a realizar uma outra tarefa secundária.
Enviar mensagens é um fator de distração a vários níveis:
- Desvio da atenção cognitiva;
- Distração física/motora;
- Distração visual;
O tempo de reação de um jovem que esteja a conduzir e a utilizar o telemóvel, é o mesmo que uma pessoa de 70 anos que esteja a conduzir sem estar ao telemóvel.
Consequências do uso de telemóvel ao volante:
- Diminuição da capacidade de vigilância e dispersão da atenção;
- Durante os primeiros cinco minutos de conversação, a probabilidade de ter um acidente é seis vezes maior;
- Aumento da dificuldade em descodificar e memorizar sinais, perdendo informação essencial para uma condução segura;
- Descuido das regras de cedência de passagem nos cruzamentos e entroncamentos;
- Perda da noção da distância de segurança em relação ao veículo da frente, sendo difícil de ajustá-la consoante o trânsito;
- Abandono dos sinais de mudança de direção, o que pode ser perigoso tanto para o condutor como para os outros utentes da via;
- Má avaliação da velocidade;
- Redução do campo de visão;
- Tendência para não parar nas passagens de peões;
- Aumento do stress por atender ou telefonar;