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PSP e GNR: Publicações no Facebook dão origem a inquérito

As redes sociais são atualmente uma realidade e muito do que se debate no dia a dia passa por lá (especialmente no Facebook). É verdade que cada utilizador tem um perfil, mas por detrás de um perfil há sempre uma pessoa que, em muitas situações, tem determinadas responsabilidades.

A Inspeção-Geral da Administração Interna (IGAI) vai abrir um inquérito para apurar a veracidade das notícias, que envolvem agentes das forças de segurança, relativamente às mensagens nas redes sociais no Facebook com conteúdo discriminatório e que incitam ao ódio.


Agentes e militares da PSP e da GNR que publicaram no Facebook estão no ativo

Numa nota do gabinete do ministro da Administração Interna é referido que José Luís Carneiro determinou à IGAI “a abertura de inquérito, imediato, para apuramento da veracidade dos indícios contidos nas notícias de hoje sobre a alegada publicação, por agentes das forças de segurança, de mensagens nas redes sociais com conteúdo discriminatório, incitadoras de ódio e violência contra determinadas pessoas”.

Tudo aconteceu no seguimento da reportagem passada na SIC, que mostra que as redes sociais são usadas para fazer o que a lei e os regulamentos internos proíbem, com base em mais de três mil publicações de militares da GNR e agentes da PSP, nos últimos anos.

No trabalho são apresentados diversos casos de publicações como: “Procura-se ‘sniper’ com experiência em ministros e presidentes, políticos corruptos e gestores danosos”, diz o texto sobre a imagem do cano de uma espingarda que um militar da GNR de Vendas Novas publicado no Facebook.

“Enquanto não limparem um ou dois políticos, não fazem nada…”, sugere um militar da GNR de Setúbal no grupo fechado Colegas GNR.

Segundo a mesma investigação, todos os agentes e militares da PSP e da GNR que escreveram estas frases nas redes sociais estão no ativo.

Muitos deles usam o seu nome verdadeiro e os seus perfis pessoais para fazer ameaças e praticar uma longa lista de crimes públicos, bem como dezenas de infrações muito graves aos seus códigos de conduta e estatuto profissional, prossegue.

O ministro da Administração Interna afirma ainda que “estas alegadas mensagens, que incluem juízos ofensivos da honra ou consideração de determinadas pessoas, são de extrema gravidade e justificam o caráter prioritário do inquérito agora determinado à IGAI”.

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