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Projecto “RE-RITE – Be The Orchestra”

Sabe-se que hoje em dia as novas tecnologias podem ser utilizadas nas mais variadas áreas, podem ter uma infinidade de aplicações, muitas vezes onde menos se espera. Quem sabe dizer, por exemplo, como juntar novas tecnologias e uma orquestra e qual o resultado?

A resposta está no projecto “RE-RITE – Be The Orchestra”.


O projecto RE-RITE junta as novas tecnologias à música clássica, proporcionando uma experiência musical diferente e uma melhor percepção do que é uma orquestra. A exposição veio de Londres pela primeira vez a Portugal e está em Lisboa, no MUDE (Museu do Design e da Moda), na Rua Augusta, até 23 de Janeiro, num piso nunca antes aberto ao público.

Conta com várias parcerias, como a Samsung e a Gulbenkian, e o PPLWARE.COM esteve lá!


Este projecto consiste numa instalação interactiva onde é possível ver imagens captadas em vídeo da Philarmonia Orchestra de Londres a interpretar “A Sagração da Primavera” de Igor Stravinsky.

Várias secções da orquestra foram filmadas separadamente, de acordo com os instrumentos tocados, por um total de 29 câmaras, e o som dos instrumentos também captado por microfones colocados em cada uma das secções, de forma a conseguir-se captar o som e imagem de instrumentos ou grupos de instrumentos individualmente.


A exposição consiste na projecção das imagens captadas em telas, que em conjunto com o som de cada um dos instrumentos, ou grupos de instrumentos, proporciona uma fantástica experiência, dando a ilusão que estamos mesmo no meio da orquestra, ao lado dos músicos.


É uma experiência diferente do habitual, muito interessante, mesmo para aqueles que não são amantes de música clássica. Ao longo da exposição é possível ver os diferentes comportamentos dos vários músicos que compõem a orquestra, qual o som que cada um produz, acompanhar especificamente um instrumento e assistir à sua contribuição na “construção” da música que o público está a ouvir.

É interessante ver que cada um dos músicos, pelo menos na sua grande maioria, está muito tempo sem tocar nada, entrando apenas em momentos chave da música para dar o contributo do seu instrumento.

Mas a experiência não fica por aqui. Além de podermos assistir a todas as imagens captadas, ou às do nosso instrumento favorito, a exposição proporciona também alguns momentos de interactividade em que nós próprios podemos fazer parte da orquestra. Há um local em que podemos vestir uma casaca igual à dos músicos, sentar-nos numa cadeira, e aparecer infiltrados entre os músicos que estão a tocar.


Numa outra etapa da exposição estão à disposição uma série de instrumentos de percussão (como bombos, pratos, etc.), onde podemos acompanhar a orquestra, auxiliados por uma série de músicos que nos indicam o momento certo em que o nosso instrumento entra na música.


Há ainda outro local  em que podemos ser maestro da orquestra. Podemos escolher, através de ecrãs sensíveis ao toque, qual o instrumento que queremos ouvir, controlar o volume dos vários instrumentos, e quando nos colocamos na posição assinalada aparecemos novamente na projecção, infiltrados na orquestra, como se dela fizéssemos parte.


É sem dúvida uma experiência diferente, que junta as novas tecnologias com algo tão antigo como a música, que nos permite olhar de outra forma para uma orquestra, vendo-a de dentro para fora, permitindo-nos perceber melhor como é composta a música clássica e como é feito, instrumento a instrumento, o som que chega à plateia. Aconselho todos a visitarem o 3º andar do MUDE e a explorarem a exposição, que está aberta ao público com entrada livre.

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