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Preservativos na Venezuela ao preço de um iPhone em Portugal

Quando no resto do mundo se vê uma corrida aos smartphones, com filas intermináveis, na Venezuela a “fila” para preservativos parece ser proibitiva. Ridículo não é?

O país está na banca rota, a economia venezuelana deverá encolher 7% neste ano de 2015 e tudo porque o preço do petróleo está em baixa. A crise chega a várias áreas, incluindo a saúde. Uma caixa de 36 preservativos custam 660 euros, tanto como um iPhone em Portugal!

A falta de preservativos não irá afastar as pessoas de praticarem sexo, o que não haverá é sexo seguro e isso agrava a propagação de doenças.

A Bloomberg reportou que o pais começou a ficar sem preservativos e outros tipos de contraceptivos já no passado mês de Dezembro.

Esta falta de preservativos, causada por uma escassez de dólares nos importadores do produto, tem feito os preços disparar para valores absurdos, logo num país com as mais altas taxas de infecção HIV da América do Sul e as mais altas taxas de gravidez na adolescência.

Uma embalagem de preservativos de 36 unidades da marca Trojan estão a ser vendidos pelo preço de 4.760 bolívares (cerca de 660 euros) no site de vendas online Mercado Libre, onde os cidadãos venezuelanos estão a licitar os bens já escassos. Ridículo é um pack de 3 unidades já estar a custar 399 bolívares (cerca de 54 euros).

Nesta altura, quem tem dólares americanos tem acesso a comprar no mercado negro, que é baseado no dólar e onde o mesmo pack de 36 preservativos custa 21 euros.

É caso para relembrar o projecto que Bill Gates apadrinha, pela fundação Bill & Melinda onde promete um preservativo ultrafino derivado de materiais como o grafeno e o poliuretano. Para financiar o projecto e tornar os preservativos a um preço irrisório a Fundação doou 200 mil dólares para pesquisas com o tema.

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