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Portugueses vão criar próteses inteligentes para prevenir acidentes cardiovasculares

Portugal tem apresentado várias soluções muito interessantes e importantes para a área da saúde. De acordo com as informações mais recentes, investigadores do Instituto de Investigação e Inovação da Universidade do Porto (i3S) vão criar “próteses inteligentes” capazes de enviar alertas e prevenir acidentes cardiovasculares.


Próteses inteligentes geram energia e automonitorizam o seu desempenho

O projeto tem como objetivo “diminuir a mortalidade causada por doenças cardiovasculares”, que se estima ser de 16,8 milhões de pessoas por ano em todo o mundo, segundo revela o comunicado da i3S.  O uso de próteses vasculares para restabelecer o fluxo sanguíneo de artérias obstruídas têm “melhorado o prognóstico” destas doenças, mas estes dispositivos “falham frequentemente sem aviso prévio”, causando “efeitos catastróficos” para o paciente.

Segundo a investigadora que lidera o projeto, Inês Gonçalves…

Queremos desenvolver a próxima geração de dispositivos médicos vasculares, introduzindo o conceito de próteses vasculares inteligentes com capacidade de gerarem energia e automonitorizarem o seu desempenho

Caso o desempenho destas novas próteses vasculares diminua, “são enviados alertas ao sistema de saúde”, permitindo “uma intervenção médica precoce, antecipando a falha da prótese, por formação de um coágulo, e evitando um novo evento cardiovascular”, como um enfarte do miocárdio, refere a investigadora.

Para chegarem a esta tecnologia “pioneira”, os investigadores vão desenvolver “novos nanogeradores triboelétricos biocompatíveis, que convertem a energia mecânica do corpo em energia elétrica”, esclarece, também citada no comunicado, a investigadora Andreia Pereira.

“Será também desenvolvida uma unidade de gestão de energia e sistema ‘wireless’ miniaturizada e de ultrabaixo consumo, que será acoplada à prótese vascular, permitindo armazenar a energia gerada e recolher e transmitir os dados para um dispositivo externo, como um ‘smartphone'”, acrescenta.

No âmbito do projeto, a equipa do i3S vai receber mais de 1,1 milhões de euros do montante total financiado e tenciona contratar quatro jovens investigadores.

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