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Portugal: Pior país da UE a tratar Resíduos de Equipamentos Elétricos e Eletrónicos

Os mais recentes dados do Eurostat confirmam, infelizmente, os alertas que a ZERO tem feito ao longo dos últimos anos: Portugal já é o pior país da União Europeia a tratar os Resíduos de Equipamentos Elétricos e Eletrónicos (REEE).

Segundo o Eurostat, Portugal atingiu em 2020 uma taxa de reciclagem de 32% dos REEE, abaixo de 24 países, quando a média comunitária foi de 45%.


A ZERO, por diversas vezes, tem vindo a alertar o Ministério do Ambiente para muitos dos problemas que afetam a gestão dos REEE, nomeadamente:

Em Portugal a taxa de recolha de frigoríficos usados é inferior a 30%, o que provoca a libertação para a atmosfera de grandes quantidades de gases que levam à subida da temperatura da atmosfera.

A principal razão para esta situação deve-se ao facto de os comerciantes de frigoríficos não estarem a cumprir a sua obrigação legal de recolherem o frigorífico velho quando entregam um novo. Desta forma, ou os frigoríficos não são de todo recolhidos ou, quando o são, as empresas transportadoras contratadas pelos comerciantes não levam os frigoríficos velhos para o destino certo, acabando por os vender a sucateiros ilegais.

Estes aproveitam as peças valiosas, como o motor porque tem cobre e as chapas metálicas, mas não fazem a recolha do gás refrigerante que está na espuma e no motor, acabando por despejar os restos do frigorífico num bosque qualquer, com a inerente libertação dos gases de estufa para a atmosfera.

A ZERO considera que para os equipamentos elétricos e eletrónicos era fundamental que se criasse um sistema idêntico, em que os cidadãos que fazem a separação desses resíduos seriam ressarcidos do depósito pago inicialmente aquando da compra do produto. Quem não entregasse corretamente os resíduos iria, assim, perder o depósito que tinha pago. Desta forma, para além de um incentivo ambiental para os cidadãos participarem na reciclagem dos REEE, existiria também um incentivo económico, ao qual quase todos reagimos.

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