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Portugal: Cafés vendem passwords para apostas ilegais

A Unidade de Ação Fiscal da Guarda Nacional Republicana recolheu informações após algumas denúncias e descobriu que paralelamente a uma empresa legal de distribuição de jogos de matraquilhos e de setas funcionava uma sociedade de exploração de jogos de forma ilegal e que pagava prémios melhores do que os sites legais. 

Segundo os dados, só num ano uma empresa ganhou 17 milhões com jogo em cafés, dinheiro que passa ao lado do fisco.


Jogo ilegal sempre existiu mas segundo informações do DN, em Portugal, este tipo de negócio tem vindo a crescer bastante. Segundo o jornal, a tendência mais recente passa pela utilização de sites idênticos aos das casas de apostas legalizadas em estabelecimentos comerciais, sobretudo cafés, onde os jogadores recebem um login que lhes vai permitir fazer as suas apostas.

 

Como funciona este novo esquema?

O jogador vai ao estabelecimento em que o dono tem o perfil de administrador e este cria uma conta para o cliente, que paga 10, 20 ou 30 euros e fica com esse crédito. A partir daí pode jogar onde quiser e se tiver prémios vai recebê-los junto de quem lhe criou a conta.

De acordo com as autoridades, esta prática existe em todo o país e rende muito dinheiro. No entanto, tudo passa ao lado do fisco. Este novo esquema tem como “clientes”, sobretudo os jovens sendo que os mais velhos continuam a preferir as máquinas de jogo que são também proibidas pelo Serviço de Regulação e Inspeção de Jogos. 

 

Apostas ilegais feitas a partir de qualquer dispositivo

Em declarações ao DN, a Unidade de Ação Fiscal da Guarda Nacional Republicana refere que a entrada nos sites pode ser efetuada a partir de qualquer dispositivo – seja computadores fixos ou portáteis, tablets e smartphones – e em qualquer local, o que torna cada vez mais difícil desmantelar este tipo de esquemas/empresas.

A Unidade de Ação Fiscal da Guarda Nacional Republicana revelou ainda que entre 2016 e 2017, desmantelou três organizações que, em conjunto, obtiveram 35 milhões de euros de receita bruta. Uma delas, num único ano, obteve 17 milhões de rendimento a partir da exploração do jogo ilícito. Esta Unidade de investigação diz ter conhecimento de esquema de apostas desportivas idêntico ao Placard e raspadinhas ilegais.

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