Com a passagem do estado de emergência para o estado de calamidade os portugueses deixaram de ter algumas medidas excecionais de circulação. Tal situação poderia gerar total “liberdade”, mas tal como já foi dito pelo Presidente da República, o desconfinamento dos portugueses foi contido.
Tal cenário é possível ver através dos dados que são partilhados pela Google.
Como já mostramos no Pplware, a Google e a Apple passaram a disponibilizar alguns dados que mostram como circularam os portugueses depois de desconfinamento.
Estes Relatórios de mobilidade da comunidade têm como objetivo fornecer estatísticas sobre o que mudou na resposta às políticas que visam combater a COVID-19. Os relatórios registam as tendências de movimento ao longo do tempo por localização geográfica, em várias categorias de locais como retalho e lazer, mercearias e farmácias, parques, estações de transportes públicos, locais de trabalho e residências.
A informação tem como recurso dados do Google Maps. A gigante das pesquisas sublinha, no entanto, que cada utilizador pode ou não contribuir para estes relatórios. Isso pode ser feito através da Definição das contas, mais concretamente ao nível do histórico das localizações.
A Google mostra a mobilidade por locais como restaurantes, cafés, farmácias, parques, zonas de trabalho, etc. De referir que em Portugal os cafés e restaurantes apenas abrem dia 18 de março.
Como foi o desconfinamento dos portugueses?
Como se pode ver pelos gráficos, o desconfinamento dos portugueses foi mesmo muito contido. Apenas as viagens para a sua residência aumentou 18%. No Retalho e Recreativos (onde se inclui locais como restaurantes, cafés, centros comerciais, museus, bibliotecas e cinema,) até 9 de maio, registou-se uma quebra de 63%.
Ao nível de movimentações para farmácias e compras (mercados, supermercados) a quebra foi de 26%. Relativamente a parques pode verificar-se que quebra é de 54%.
No relatório publicado aqui é ainda possível verificar como foi o desconfinamento dos portugueses em cada distrito. Esta informação, sem revelar dados dos utilizadores, pode ser bastante importante na definição de estratégias por parte das entidades competentes.
A COVID-19 é o nome, atribuído pela Organização Mundial da Saúde, à doença provocada pelo novo coronavírus SARS-COV-2, que pode causar infeção respiratória grave como a pneumonia. Este vírus foi identificado pela primeira vez em humanos, no final de 2019, na cidade chinesa de Wuhan, província de Hubei, tendo sido confirmados casos em outros países.