Neste evento contem comigo nas bancadas do rio Douro a vibrar com este magnifico show. O Red Bull Air Race é uma competição electrizante em que os pilotos mais talentosos do mundo se desafiam numa corrida aérea de velocidade, precisão e habilidade.
A competição apresenta uma nova e dinâmica categoria de pilotagem conhecida por “Air Racing”, onde o objectivo é seguir uma rota cheia de desafios no céu fazendo o menor tempo possível. Voando sozinhos contra o relógio, os pilotos devem executar voltas apertados num slalom que consiste em mastros ou pilões especialmente projectados chamados de “Air Gates”.
O Red Bull Air Race não é só velocidade – a precisão é crucial para o sucesso, pois qualquer erro incorre em penalidades ao tempo do piloto. Voar perto do chão a velocidades que podem alcançar os 400 km/h enquanto se tenta difíceis manobras em curvas, requer uma habilidade imensa que apenas um certo número de pilotos no mundo possui. Por isso os pilotos são seleccionados a dedo de acordo com suas perícia e experiência. Esses pilotos estão no auge de suas carreiras. E têm mesmo que estar – o Air Race exige muito das suas habilidades de pilotagem. Para se ter uma ideia eles têm que suportar forças que podem atingir os 10G. Não há espaço para erros.
As aeronaves usadas no Red Bull Air Race devem ser estáveis ao extremo. Durante uma curva inclinada, o piloto e o avião estão sujeitos a forças gravitacionais que podem chegar a 10G, o que equivale a dez vezes os seus pesos normais. Em princípio, e não somente por causa das forças gravitacionais, o avião deve ser o mais leve possível. Uma aeronave moderna raramente pesa mais do que 600 kg. Isso porque os aviões desses modelos são construídos com materiais compostos, extremamente leves mas muito resistentes, como por exemplo, a fibra de carbono. O peso leve combinado com um sistema de direcção altamente eficiente resulta numa agilidade que aeronaves normais, mesmo os caças de combate, nem pensam em atingir.
Dentre os poucos aviões apropriados para corridas aéreas, existem diferenças na potência do motor e na performance de voo que exercem importante influência nas hipóteses de vitória do piloto. O Zivko Edge 540 é actualmente considerado o melhor: com velocidade máxima de 426 km/h e peso de apenas 530kg, ele pode aguentar forças até 15G.
Este é o avião preferido por muitos dos pilotos, incluindo o campeão do Red Bull Air Race 2006 Kirby Chambliss.
Uma corrida no formato slalom, ou ziguezague, com pilotos acelerando no céu a 400km/h. É sensacional, mas também muito arriscado. Por isso é tão importante que os obstáculos, “Air Gates”, possam aguentar impactos sem nenhuma consequência adversa para o piloto e para a aeronave. Uma pergunta muito frequente: o que acontece quando um avião atinge um Air Gate?
Martin Jehart e a sua equipa projectaram Air Gates que se desintegram quando são atingidos por um avião.
Os pilões são super leves e são feitos de um material de vela de barco que se rompe imediatamente se atingido por um avião ou hélice – sem causar nenhum dano ao piloto ou à aeronave. Um Air Gate pode ser substituído por outro em quatro minutos.Mas nesta sexta foi o norte-americano Kirby Chambliss (Team Red Bull) que encantou a maior multidão de sempre numa sessão de qualificações da Red Bull Air Race World Series, nas margens do rio Douro.
O público assistiu a uma sessão emocionante onde os primeiros seis classificados ficaram separados por apenas um segundo. Mais de 250 mil pessoas encheram as margens do rio tanto do lado do Porto como de Gaia para assistir às sessões de qualificação.
Numa tarde ensolarada e antevendo uma luta renhida numa altura em que o campeonato entrou numa fase decisiva, com apenas três corridas por disputar, o público aderiu em massa ao evento.