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!Por qué no te callas…!?

De facto na altura pareceu um incidente diplomático bilateral, hoje parece-me um “acidente” presidencial fundamental.

A Internet fez com que este incidente se tornasse num lucrativo negócio de venda de domínios, toques para telemóveis, jogos em flash, entre muitos outras curiosas utilizações e aproveitamentos do facto. Mas na prática o que se passa com estes senhores?

Sigo com alguma atenção (e apreensão) a escalada dos preços do petróleo que se reflecte no meu dia-a-dia, seja na hora de abastecer combustível, seja no preço dos produtos que consumo.

Por qué no te callas” é uma questão pertinente, dito por um soberano que tem pouco de soberano e muito de impaciente. Todos sabemos que estamos nas mãos dos magnatas do ouro negro, a verdade vem ao cimo quando o Presidente Venezuelano Hugo Chávez faz valer as suas feridas, resultantes da repreensão jocosa do Rei espanhol em Santiago do Chile, com uma ameaça “Presidente Bush (ou diabo como ele amorosamente apelida o cowboy) se tu atacares o Irão ou a Venezuela fazemos o barril do crude subir até aos 200 dólares!!!

Este aviso não é só para o George W. Bush, é uma ameaça mundial, o mundo está a definhar às mãos dos senhores do petróleo.

Recentemente o Brasil anunciou a descoberta de uma jazida de petróleo com quantidades de extracção impressionantes.

A Petrobras, operadora do consórcio que explora o bloco, e no qual a Galp tem uma participação de 10%, estima que o volume recuperável de petróleo oscile entre os 5 e os 8 biliões de barris de petróleo e gás natural.

Esta é a maior descoberta de petróleo desde Kashagan, em 2000, e que a Galp é a empresa no consórcio que mais vai beneficiar desta descoberta. A Petrobras tem uma participação de 65% no consórcio, a BG Group tem 25% e a Galp Energia possui 10%.

São estas as más noticias para Chávez, este até ridicularizou Lula chamando-o de novo Magnata do Petróleo, o desafio que lhe fez, para vender petróleo mais barato a países mais pobres, foi uma forma de ludibriar a opinião publica.

Fica a questão: beneficiaremos, nós portugueses, por receber 10% dos lucros deste megapoço petrolífero de Tupi Sul, Brasil?

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