A Polícia Judiciária, através da Directoria de Lisboa e Vale do Tejo, identificou e deteve um homem, de 44 anos de idade, o qual se vinha dedicando á prática continuada de crimes de burla informática, acesso ilegítimo e branqueamento de capitais.
O detido faz parte de um grupo que, de forma organizada, vem colaborando entre si, para ilicitamente se apoderar de quantias monetárias de terceiros, através da utilização ilícita da “banca online”, uma atuação que, no meio, é conhecida como “phishing”.
O que é o Phishing?
O “Phishing” é uma vigarice que utiliza SPAM ou mensagens de pop-up para ludibriar pessoas no sentido de revelarem números de cartões de crédito, informação de contas bancárias, números de segurança social, passwords e outro tipo de informação confidencial ou sensível.
Basicamente o utilizador recebe um e-mail, supostamente de uma entidade credível, mas que na verdade o reencaminha (através de um URL/link ou) para um site com um design igual mas que na verdade é apenas uma cópia do original, levando o utilizador a colocar dados pessoais e a ser enganado.
O utilizador recebe normalmente uma informação a referir que os dados estão errados, mas na verdade o dados já estão do lado do atacante. Técnicas como DNS Poisoning (manipulação de entradas no DNS) são também bastante usadas neste tipo de ataques.
Os elementos até agora apurados permitem atribuir a este grupo a responsabilidade por um dano global de cerca de 50.000 euros, valor que tenderá a crescer com a identificação de novos casos que lhe são imputáveis. O detido foi presente a primeiro interrogatório judicial, tendo ficado sujeito à medida de coação processual de apresentação periódica às autoridades.
De acordo com o comunicado, a Polícia Judiciária prossegue a investigação, no sentido de identificar, localizar e deter os restantes membros do grupo, bem como apurar a extensão e conexões da sua atividade delituosa.