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Pirata informático ataca estudantes de Coimbra

Um pirata informático atacou o servidor da Associação Académica de Coimbra (AAC), bloqueando, a partir de um servidor com origem na Rússia, o acesso à informação, aos links e às contas de correio electrónico dos funcionários da academia.

O ataque do hacker ocorreu há um mês, durante um fim-de-semana, e a página “ainda não foi restabelecida na totalidade”, disse ontem o presidente da direcção-geral da AAC, Paulo Fernandes, adiantando que o crime não foi comunicado às autoridades. “Mas ainda estamos a tempo de o fazer”, salientou.

“Na altura, ficámos sem qualquer acesso à Internet e às caixas de correio electrónico, mas nos dois ou três dias seguintes conseguimos recuperar o que era mais urgente”, explicou Paulo Fernandes.

Os dados disponibilizados pela página da AAC foram alojados noutro local, enquanto os danos causados pelo pirata informático vão sendo reparados: “Não se perdeu qualquer informação, mas sim a possibilidade de aceder aos links e navegar de uma página para outra.”

A reposição do servidor está a ser feita pelo Centro de Informática da AAC – constituído por estudantes de engenharia informática – que conseguíram seguir o rasto do pirata informático até à Rússia.

“Sabemos que o servidor que originou o ataque está localizado na Rússia, mas quem teve acesso a ele pode estar noutro país qualquer”, explicou o presidente da AAC.

Segundo João Luís Jesus, membro da direcção do Centro de Informática da AAC, havia “uma falha de segurança no servidor de páginas web do sistema operativo Linux”, que deixou o sistema “vulnerável”.

Esta não foi a primeira vez que o servidor “foi abaixo e que se demora bastante tempo a recuperar a informação”, referiu aquele responsável.

No entanto, desta vez a reposição do serviço “está a demorar mais do que devia, devido à dificuldade inerente ao problema e também por estarmos perante um período de férias e os elementos do Centro de Informática estarem ausentes”.

As “fragilidades” dos sistemas operativos são comuns, pelo que, “se alguém está interessado em entrar no sistema e dar cabo de alguma coisa, consegue fazê-lo facilmente”, explicou João Gabriel Silva, professor de engenharia informática na Universidade de Coimbra, defendendo que “a luta entre quem gere o sistema e quem tenta entrar é uma espécie de jogo do gato e do rato”.

Na sua opinião, “dificilmente a AAC tem condições financeiras para fazer uma manutenção contínua do sistema, que é complexo, pois há sempre alguém em qualquer parte do Mundo, todos os dias, a encontrar mais uma fragilidade”.

Obrigado pela informação T@ndre.

Fonte: Correio da Manhã

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