Os últimos meses têm sido conturbados para a Apple no que respeita às questões de segurança, motivados pelas exigências do FBI, para a criação de um sistema que desbloqueasse o iPhone do terrorista de San Bernardino.
A posição da Apple foi clara desde início com a recusa total dessa exigência. Mas Tim Cook recebe agora um pedido de desbloqueio de um iPhone diferente e que envolve outros interesses: o pedido de um pai que apenas quer recuperar as memórias do filho que faleceu de cancro.
Num e-mail sentido dirigido a Tim Cook, Leonardo Fabbretti, o pai adoptivo de uma criança de 13 anos que faleceu de cancro em Setembro do ano passado, pediu que a empresa abrisse uma excepção e desbloqueasse o iPhone da criança, onde, durante os últimos meses de vida, registou muitos momentos em família.
Leonardo Fabbretti pediu ajuda para recuperar as fotos, pensamentos e palavras que o filho guardou no seu iPhone durante os últimos 9 meses de vida:
Não me negue as memórias do meu filho
Numa primeira fase, este pai entrou em contacto com a Apple na Europa que, obviamente, o informou de que não poderiam proceder ao desbloqueio do iPhone. As regras da empresa são claras no que toca à segurança dos seus equipamentos e sistemas.
Depois desta resposta, Fabbretti decidiu contactar directamente Tim Cook, afirmando que compreende a “filosofia geral” da empresa, mas que deveriam ser abertas excepções para casos como o seu.
Não obtendo resposta por parte da Apple desde que enviou o e-mail ao CEO da empresa, desde dia 21 de Março, este pai refere que pediu ajuda à Cellebrite, a empresa que ajudou o FBI no caso de San Bernardino, que se mostrou disponível para desbloquear o iPhone da criança sem qualquer custo.