O Google Maps é atualmente e desde há vários anos o melhor e mais utilizado sistema de mapeamento do mundo. A sua tentacularidade permite que se instale dentro do seu próprio ecossistema, mas também em plataformas de terceiros. Com isso e com a qualidade que a casa mãe imprime no seu trabalho, naturalmente este serviço acaba por ser a escolha primária de milhões de utilizadores. Contudo, a Meta, Microsoft, TomTom e Amazon querem tirar o trono ao Maps.
A ideia veiculada por este grupo é criar uma base de dados aberta de mapas para uso corrente e por qualquer pessoa que precise deles.
O Google Maps é um serviço de pesquisa e visualização de mapas e imagens de satélite da Terra gratuito para navegadores, iOS e Android fornecido e desenvolvido pela empresa americana Google.
Atualmente, o serviço disponibiliza mapas e rotas para a maior parte dos países, incluindo rotas para viagens de carro, bicicleta, avião, transporte público e a pé. Disponibiliza também imagens de satélite, fotografia aérea e imagens interativas em 360º (Street View) do mundo todo, com possibilidade de zoom na maior parte, incluindo grandes cidades, como Lisboa, Porto, Nova Iorque, Paris, Rio de Janeiro, entre outras.
Toda esta oferta, que está no bolso das pessoas de forma gratuita, já cativou milhões de utilizadores que atualmente não dispensam o Google Maps. Além disso, a Google comprou em Waze em 2013 e desde então tem transferido as melhores funcionalidades para dentro do Maps.
Overture’s mission is to power current and next-generation map products by creating reliable, easy-to-use, and interoperable open map data.
Learn more about Overture Maps: https://t.co/lPob7x2nyS#OvertureMaps #Mapping #OpenSource pic.twitter.com/8QIEVCtDn1
— The Linux Foundation (@linuxfoundation) December 15, 2022
Então como se consegue combater este gigante?
A empresa Meta, Microsoft, TomTom e Amazon Web Services apresentaram um novo projeto sob o nome de Overture Maps Foundation. Segundo afirma em comunicado a Linux Foundation, dados de mapas abertos confiáveis, fáceis de usar e interoperáveis permitem que os programadores criem novos serviços de mapas que aproveitam as contribuições combinadas dos membros do Overture.
Mapear o ambiente físico e todas as comunidades do mundo, mesmo quando elas crescem e mudam, é um desafio extremamente complexo que nenhuma organização pode enfrentar. A indústria precisa unir-se para fazer isso em benefício de todos.
Disse o diretor executivo da Linux Foundation, Jim Zemlin.
Esta coligação espera lançar os seus primeiros conjuntos de dados de mapeamento em meados de 2023.
Experiências imersivas, que compreendem e se misturam com o seu ambiente físico, são essenciais para a Internet incorporada do futuro.
Ao oferecer dados de mapas abertos interoperáveis, o Overture fornece a base para um metaverso aberto criado por criadores, programadores e empresas.
Explicou o diretor de engenharia da Maps at Meta, Jan Erik Solem, no comunicado.
Overture Maps Foundation será o futuro?
De acordo com a Linux Foundation, os dados que o Overture Maps oferecerão a base de aplicações para pesquisa, navegação, logística, jogos, condução autónoma e muito mais. As informações contidas na base de dados serão de código aberto, o que significa que os programadores são livres não apenas para usá-las, mas também para construí-las, conforme também destacaram da entidade.
A Overture Maps ainda incluirá camadas básicas de informações, como estradas, prédios e informações administrativas. No entanto, mais tarde, à medida que o projeto cresce, a experiência será enriquecida com a adição de mais lugares, ferramentas de trajetos e navegação, mais dados de construção 3D.