O mercado está muito parado, está em pré-escuta e os eventos que marcaram o início do ano tecnológico, como a CES ou o lançamento de equipamentos no patamar nacional, como o Nokia Lumia com Windows Phone 7, pouco ajudaram ao buzz deste segmento.
O que falta que nos anos anteriores, a esta altura, já fazia as delícias dos cibernautas?
Falta sabermos novidades da Apple. Neste caso mais concreto, falta saber mais sobre o iPad e o que será apresentado. Sabemos que o iPad 3 manterá esse nome, deve ser o que pouco de sabe ao certo e mesmo assim, nada oficial.
Afinal, o iPad 3 terá Retina Display, terá o novo processador A6, terá mais de 10 horas de bateria?
O que se sabe é recorrente de rumores, sites que por tendência especulam e procuram as fugas de informação (se é que elas existem) obtendo imagens, pequenos relatos à surdina que passam “cá para fora”. O próximo iPad chamar-se-á iPad 3, terá um processador mais poderoso mas o tamanho será o mesmo que o iPad 2.
O que poderá diferenciar numa primeira análise quando o ligarmos será, caso se venha a confirmar, a presença de um ecrã “Retina Display” com uns fabulosos 2048×1536 píxeis, construído pela Sharp/Samsung/LG. Um funcionário da Apple disse ao New York Times que o ecrã é “verdadeiramente surpreendente” e deve estar com uma contagem de píxeis vulgarmente encontrada em ecrãs de 21 a 27 polegadas, podendo comparar-se um ecrã de um iMac de 9,7 polegadas bem espremido. Poderia, por exemplo, reproduzir um filme Blu-ray na resolução nativa e ainda com mais de 100 píxeis disponíveis na horizontal e 500 píxeis na vertical (de lado), considerando a posição landscape.
Já agora, quantos são 2048×1536 píxeis ? São mais de 3 megapíxeis!
Este ecrã irá exigir mais energia, terá um consumo maior o que estará já compensado pela melhoria na capacidade das baterias que a Apple irá colocar no novo iPad 3. Este incremento fará com que as baterias provisionem energia para as mesmas 10 horas de autonomia, aumentando o fornecimento aos novos componentes, estes mais exigentes, sem perder performance, e esperemos que não fique mais pesado.
Uma das questões que não foi ainda respondida (tudo numa base de rumor claro) é se o novo processador será o Samsung S5L8945X e se este será dual ou quad-core. Isto numa abordagem directa significa mais velocidade, mas na realidade a performance pode não ter esse impacto, pois o consumo actual de processador serve os intentos dos serviços a correr. Lembramos que o iPad 2 foi o primeiro tablet com dual-core disponível nas lojas.
Embora esta questão do processador seja um tipo de questão relativa à velocidade e boa resposta, que não estará muito relacionado com o desempenho “puro e duro” (já que não o é necessário), parece que ainda assim tudo aponta para o surgimento de um quad-core. O iPad 2 foi um dos primeiros tablets dual-core e, com o anúncio da NVIDIA relativo ao suporte e inclusão do seu chip quad-core num grupo de dispositivos móveis, o upgrade anual da Apple sugere que agora é altura para um quad-core, correndo o risco de aparência de hardware “obsoleto” se assim não o fizer. O S5L8945X terá também melhorias interessantes no desempenho gráfico.
A funcionalidade LTE é outra grande questão.
A inclusão de rede 4G LTE irá aumentar o peso e o custo e irá também actuar de forma directa no consumo de bateria. No entanto, como a Apple só lança um iPad por ano, está refém desta tecnologia e irá ter de certeza um iPad LTE, poderá não ser já o próximo, mas poderá a Apple lançar um outro com esta tecnologia, mais para o final do verão. Os chips LTE da próxima geração terão um consumo de energia mais baixo e estes estão a sair da linha de fabrico da Qualcomm.
O novo iPad 3 também terá Bluetooth, Câmara, NFC, 5G Wi-Fi e tecnologia Thunderbolt (será?).
As probabilidades andarão à volta do seguinte:
Bluetooth 4.0: É quase certo que o iPad 3 inclua os chips Broadcom da mais recente geração, incluídos também no iPhone 4S, permitindo baixo consumo e alta velocidade em comunicações Bluetooth.
Siri: Uma questão pertinente é se fará sentido incluir o SIRI no iPad, isto porque de forma geral, o utilizador usa o tablet da Apple como um livro e não o colocam junto ao rosto, não faz sentido e o microfone embutido necessita de proximidade da boca para activar o SIRI de forma conveniente. Claro que poderá aparecer um melhoramento no tipo de microfone ou de captação do som ou uma outra forma de solicitar os serviços do SIRI.
Microfone: A base nativa de colocação do Microfone é diferente do iPad 2, isto pelas imagens saídas da base do provável iPad 3. É desconhecido se irá ter alguma novidade técnica ou se haverá uma melhoria de forma a servir, como referimos, o serviço SIRI, isto daria legitimidade à decisão da Apple de não ter incluído o SIRI no iPad 2.
Gigabit Wi-Fi (5G Wi-Fi): A par dos melhoramentos no Bluetooth, a Broadcom tem os novos chips Gigabit Wi-Fi que, a serem usados, conseguirão destacar vigorosamente as capacidades de comunicação sem fios no iPad, podendo por exemplo fazer stream de um vídeo FullHD, o que não é actualmente possível nas redes baseadas na norma 802.11n.
Thunderbolt: Não é provável nesta fase, principalmente pela falta de aplicação prática. Já em tempos falámos sobre essa possibilidade, mas não seria uma mais valia, acrescentaria consumo energético e aumentaria certamente o preço sem haver necessidade.
Câmara: os rumores indicam que as péssimas câmaras incluídas no iPad 2 serão melhoradas na versão 3 do iPad. Considerando que o ecrã tem capacidade de apresentação de conteúdos superiores a 1080p, obviamente que as câmaras terão de acompanhar, pelo menos, essa evolução. Será necessária uma câmara de, pelo menos, 5 megapíxeis (já que o ecrã tem mais de 3) com a adição do melhoramento óptico incluído no iPhone 4S.
Colunas: Segundo as fugas de imagens da estrutura do novo iPad, este parece-se igual ao iPad 3, o que afasta a ideia do iPad 3 ter colunas stereo. Nesta área a Apple faz pequenos melhoramentos de cada vez, nada de extraordinário, como vimos do iPad 1 para o 2.
NFC: Esta tecnologia deve ser colocada no iPhone 5. Mas como ambos os novos gadgets da Apple partilham a mesma tecnologia, é de crer que tanto o iPad 3 como o iPhone 5 venham a partilhar este chip.
Novo Gorilla Glass: O novo vidro é 20% mais resistente e leve que o vidro que equipa o iPhone 4 e o iPad 2. A Apple começou a utilizar este vidro com o iPhone 4 que aos poucos sofreu enormes evoluções. Este tem agora um tratamento de safira especial em todas as camadas. O utilizador cada vez quer menos dedadas, riscos, arranhões no seu ecrã Retina. Há também rumores de impermeabilização.
Opção de 128GB: Existe alguma dúvida nesta especificação. Apple já está a oferecer bastante armazenamento e seria difícil manter as margens de lucro baixas com um aumento da capacidade. Aliás, um aumento desta vertente faz menos sentido com os dados a estarem a ser migrados para a cloud (iCloud, dropbox, etc..). Por outro lado, as aplicações que tiram partido do retina display são bastante maiores e requerem muito espaço. Sem falar claro que filmes em 1080p ocupam, cada um, bastantes gigabytes.
De acordo com o SDK, poderão haver 3 versões do iPad 3. Aliás já referimos isso anteriormente. Poderíamos dividir estas três versões da seguinte forma: uma com só com Wi-Fi, outra com Wi-Fi e 3G e uma terceira com 4G LTE, mas esta última sairia mais lá para o verão.
O preço, bom, este ao que temos visto em lançamentos anteriores, será provavelmente mais baixo, poderá a Apple manter a política que manteve tanto no iPhone 4 para o iPhone 4S como do iPad 1 para o iPad 2. O iPad 3 poderá custar, na versão mais básica, cerca de 419 dólares, 100 dólares mais barato.
Segundo as mais recentes informações, a Apple estará a apressar os comerciais de apresentação do iPad 3 pois a sua apresentação deverá ser já para início do próximo mês de Março.