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NSA ponderou terminar o seu programa de registo de chamadas

Os escândalos das escutas telefónicas levadas a cabo pela NSA e reveladas ao mundo por Edward Snowden ainda deve estar longe de estar terminado. Há ainda muito para ser revelado e também muito para ser conhecido por todos.

Mas uma fonte de informação revelou agora que poucos meses antes ter sido dado a conhecer ao mundo estas escutas, a própria NSA ponderou acabar com a recolha da informação das chamadas.

A informação que agora surgiu, através do site Huffington Post dá conta de que a NSA ponderou terminar com o seu programa de escutas telefónicas e registos de chamadas, meses antes deste ter sido tornado público.

Apesar de ter sido apenas uma discussão interna, a ideia que estava a circular dentro da Agência colocava em causa a utilidade destas escutas e o custo que as mesmas originavam para serem mantidas.

A somar a este problema, estava também a ser colocado em causa a utilidade do programa, uma vez que muitas das chamadas feitas por dispositivos móveis não estavam a ser guardadas, devido a problemas com o sistema e com a cifra das mesmas.

Esta ideia foi apenas discutida entre alguns elementos de topo da NSA, mas nunca chegou às mãos de Keith Alexander, o directo da NSA na altura. As fontes que revelaram esta informação crêem que se esta tivesse sido apresentada, provavelmente teria sido rejeitada.

Keith Alexander foi um dos maiores defensores da ideia de recolher e manter estes registos na NSA, tendo defendido este programa no Congresso Norte Americano quando o mesmo foi tornado público.

A comissão que avaliou este programa alertou para a necessidade do fim do mesmo, sendo os registos guardados pelas operadoras ou por uma entidade terceira, mas a verdade é que a NSA continuou a recolha da informação, mesmo contra um pedido feito pelo Presidente Obama.

A autorização para a NSA recolher esta informação está associada à secção 215 do Patriot Act, quer curiosamente termina em Junho deste ano. Nessa altura o Congresso Norte Americano terá de renovar a autorização para a recolha de informação ou as agências Norte Americanas deixam de poder continuar a proceder à recolha de informação.

Esta nova informação pode causar algum impacto na decisão que será tomada, devolvendo aos cidadãos dos Estados Unidos alguma da sua privacidade e a certeza de que as agências já não podem realizar escutas e registos de chamadas.

Ainda não existe qualquer certeza sobre a decisão que vai ser tomada em Junho, mas tudo aponta para que a autorização que existia ao abrigo do Patriot Act será revogada e as agências deixarão de ter autorização para a recolha de informação de forma indiscriminada.

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