A Apple está a limitar as vendas de iPhones a dois por cliente e deixou de aceitar pagamentos em dinheiro nas suas lojas para evitar pirataria e garantir stocks suficientes para o período de Natal. O grupo reconheceu, a semana passada, que dos 1,4 milhões de iPhones vendidos nos três primeiros meses após o lançamento do aparelho (saído a 29 de Junho), cerca de 250 mil tinham sido desbloqueados graças a programas de software piratas.
Os iPhones, telefones tácteis com design inovador, que podem navegar na Internet e ler música e vídeos, podem assim funcionar com um outro operador telefónico que não a ATT, com o qual a Apple tem um acordo de exclusividade nos EUA.
Os software de desbloqueio permitem utilizar um iPhone com qualquer operador telefónico GPS, inclusive fora dos Estados Unidos, o que desencadeou um tráfico de iPhones desbloqueados, destinados nomeadamente à Europa e à Ásia, onde ainda não estão à venda.
A Apple actualizou recentemente o programa que tornava inoperacional os telefones desbloqueados, mas os hackers (piratas) já desenvolveram novos sistemas de desbloqueio que contornam o obstáculo, segundo vários sítios especializados.
No sítio de leilões em linha eBay, por exemplo, centenas de iPhones desbloqueados encontram-se actualmente à venda, entre 500 e 600 dólares, normalmente. Na França, iPhones desbloqueados foram postos à venda por sítios de comércio, com assinaturas de operadores que não a Orange (grupo France Telecom), que detém um acordo de exclusividade para a França. Estes telefones desbloqueados são vendidos por 400 euros, quando a sua comercialização oficial só se iniciará no final de Novembro na França e a 399 euros.
Na Alemanha e no Reino Unido o lançamento está também previsto para o mês de Novembro, não se encontrando data marcada para o início da sua comercialização em Portugal. Os tráficos tornaram-se particularmente activos ultimamente com a baixa do dólar. Um iPhone americano desbloqueado só custa a um europeu o equivalente a 277 euros.