O nanossatélite português ISTSat-1 já se encontra no espaço, tendo seguido a bordo do Ariane 6, o lançador espacial europeu. No entanto, apesar de funcional, o nanossatélite parece estar com problemas.
O primeiro satélite universitário totalmente desenvolvido e fabricado em Portugal levava dentro muitas horas de trabalho e o contributo de cerca de 50 pessoas. Deu origem a mais de 20 dissertações de mestrado e requereu a superação de várias e exigentes etapas de desenvolvimento, depois de ter sido um dos projetos escolhidos pela Agência Espacial Europeia (ESA).
Até agora parece estar funcional, mas há, aparentemente, problemas de transmissão. A equipa técnica referiu que “está agora focada em encontrar soluções para melhorar a receção” dos sinais recebidos, ao instalar “antenas com mais ganho” na estação de rastreio de satélites, em Oeiras e na criação de “algoritmos de correção de erros na descodificação”.
João Paulo Monteiro, engenheiro de sistemas do ISTSat-1, referiu que…
A baixa potência dos sinais recebidos sugere que pode haver problemas com a transmissão do satélite
O nanosatélite do Técnico entrou em órbita baixa circular, a 580 km da Terra. Como referido, a equipa do Técnico estará a receber as informações do satélite na estação-terra do polo de Oeiras e a verificar, comparando os dados recebidos com dados de referência, se o satélite cumpre a missão científica e a tecnologia desenvolvida deteta a presença de aviões em zonas remotas. O satélite enviará dados de vários tipos, entre eles dados do posicionamento dos aviões, que não são visíveis da Terra e só se conseguem ver através de uma vista do espaço.