A PJ desmantelou um esquema sofisticado de manipulação do sistema bancário. Este esquema, nunca visto em Portugal, lesou 18 bancos e permitiu aos burlões desviar de milhares de euros.
O julgamento deste caso deveria começar na próxima semana. No entanto, há seis dos arguidos em fuga, tendo o julgamento sido adiado.
Entre 2012 e 2016, um cabecilha e nove cúmplices abriram 94 contas bancárias e lesaram 18 bancos em milhares de euros.
Segundo o JN, os burlões aproveitaram-se do “período de degradação”, das caixas multibanco. Apesar de funcionarem, o jornal refere que estas estavam desligadas do sistema central, para atualização de software.
Esquema de burla sofisticado e nunca visto em Portugal
O “ataque” rendeu ao grupo pelo menos 119 mil euros (o prejuízo dos bancos). O grupo era constituído por 10 cidadãos brasileiros. Os juízes consideraram o modo de atuação “sofisticado” e “nunca visto em Portugal”.
A SIBS já reagiu à notícia. A empresa referiu que “a rede Multibanco está permanentemente em comunicação com o sistema central, pelo que não será possível o registo de alguma situação como a descrita”. Além disso, “os dados inerentes aos casos em apreço estão em análise pelas autoridades competentes”, como tal, “em segredo de justiça”.
A SIBS referiu ainda que a rede Multibanco “está dotada de mecanismos de monitorização permanente e de deteção de funcionamento anómalo potencialmente relacionados com criminalidade”.