Pacemaker comunica via wireless com o serviço de monitorização. Para as pessoas com doenças cardíacas potencialmente fatais, um pacemaker e o seu médico são as únicas coisas entre eles e uma morte certa.
O problema para alguns é que as suas condições de saúde são tão graves, que um pacemaker não é sinónimo de tranquilidade, os problemas surgem inesperadamente e de modo fatal.
Uma mulher de 61 anos em Nova York, tornou-se na primeira pessoa no mundo a receber um pacemaker que pode comunicar via wireless com um serviço de monitorização remoto, permitindo total acesso médico. O pacemaker liga-se a um servidor pelo menos uma vez por dia, alertando o paciente e o médico se houver qualquer situação ou incidente capaz de comprometer a saúde do paciente.
Carol Kasyjanski sofreu de um grave problema cardíaco durante mais de 20 anos e ela diz que o novo dispositivo lhe tem dado maior confiança, pois permite uma ajuda imediata capaz de a salvar caso o pacemaker pare de funcionar.
A mulher teve problemas com seu pacemaker há uns anos. Problemas que a rotina normal a que estes dispositivos estão sujeitos não detectou. Somente foram localizados quando ela desmaiou.
Com o pacemaker wireless, estes problemas podem ser mais facilmente detectados. Como este se liga pelo menos uma vez por dia ao servidor, o médico e os técnicos podem detectar anomalias através dos relatórios enviados pelo dispositivo, antes que estes problemas sejam fatais para o paciente.
Segundo Dr. Steven Greenberg do Centro de Arritmias e Pacemakers de St. Francis, o dispositivo tem um complexo sistema, criado para “chamar” literalmente o médico responsável, mesmo que sejam duas da manhã… em qualquer momento o médico é posto ao corrente do problema.
Além destes serviços pró-activos, o médico tem permanentemente uma avaliação cardíaca do doente, permitindo uma análise sem que o doente tenha que se deslocar ao posto de saúde ou ao consultório médico. Esta tecnologia permite aos médicos uma concentração maior e mais precisa nas necessidades e carências do doente.
A tecnologia pacemaker tem muitos anos de existência, consolidando todo o seu potencial e servindo com segurança os doentes cardíacos graves. Em 2006, foi dado mais um passo importante ao ser desenvolvido um pacemaker que não necessita de bateria. Agora é a era do wireless e tudo o que o envolve. Reuters