A forte aposta do Chrome por parte da Google, levanta algumas preocupações por parte da fundação Mozilla. O rumo que o Firefox deve seguir, caso o seu maior patrocinador, a Google decida não renovar o seu contracto, será certamente algo que deve ser levado em consideração.
Mitchell Baker, Chair da Mozilla Foundation, parece já ter pensado nisso e admitir que a Google, pode não renovar o contrato com a Mozilla que termina em 2011, ou mesmo quebrá-lo, embora ache altamente improvável. Caso algum destes cenários acontecesse, a Mozilla poderia optar por realizar um contracto semelhante, com outros motores de busca, que segundo esta até poderiam pagar mais; falamos do caso do portal MSN e da Yahoo. Um dado curioso que Mitchell refere é que uma grande empresa terá oferecido um cheque em branco à Mozilla, para substituir-se ao patrocínio da Google, embora desminta que tenha sido a Microsoft. Mitchell refere também que não é difícil de rentabilizar financeiramente o browser, referindo que “Já houve mais oportunidades para angariar dinheiro do que as pessoas pensam”.
O projecto Fennec, que representa o primeiro browser optimizado para plataformas móveis, poderá ao que tudo indica ser outra forma de a Mozilla angariar fundos de um outro motor de busca parceiro. A segunda via de fundos para o projecto, pode originar uma oportunidade de negócio não explorada pela Mozilla, plugins promovidos por empresas. A ideia seria sempre que o utilizador descarregasse o Firefox, lhe fosse apresentado uma lista de Widgets que pudessem ser adicionados ao browser. É de facto uma oportunidade real e muitas empresas pagariam uma boa quantia para ver os seus produtos promovidos através de plugins.
Porém, falamos aqui apenas de cenários remotos segundo Baker, dado não acreditar que a Google não renove a parceria, dado que estaria a privar-se de ser promovido no browser que é actualmente a mais viável ameaça ao browser da Microsoft. Claro que a Google retribui as promessas de lealdade à parceria, justificando que “A Mozilla tem sido a origem de muitas das inovações que temos visto nos browsers nos últimos anos”.