Assim, diz o mesmo jornal, em apenas cinco minutos, a Microsoft sofreu esta segunda-feira, no Luxemburgo, uma das suas maiores derrotas das suas três décadas de história. Durante a leitura da sentença, o presidente do Tribunal, Bo Vesterdorf, refutou quase por completo todos os argumentos apresentados pela legião de advogados da Microsoft. O Tribunal considerou que Bruxelas não se equivocou ao exigir à empresa que facilitasse a interoperabilidade do seu omnipresente sistema operativo, Windows, com os produtos de outras companhias rivais.
Multa mais alta da história da concorrência comunitária
Os juízes consideram acertada a decisão comunitária de exigir na Europa a comercialização de uma versão do Windows sem o programa multimédia Media Player, para oferecer ao consumidor a oportunidade de eleger outro programa. O veredicto considera, por último, que a multa imposta, a mais alta na história da política comunitária da concorrência, está de acordo à falta cometida.
A juntar a isto, a Microsoft está a sofrer uma acusação de Lu Feng, estudante da Universidade de Pequim, alegando que que o programa “Windows Genuine Advantage”, que está incluído no Windows XP, retirou informações do seu computador pessoal, violando a sua privacidade. Lu Feng exige que lhe seja paga uma indemnização de apenas 1,350 yuans, 129,53 euros, para além de um pedido oficial de desculpas publicado num jornal nacional na China e de uma ordem judicial que obrigue a empresa norte-americana a destruir todas as suas informações pessoais.