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Microsoft Surface à portuguesa

Já há computadores que funcionam com comandos de voz, há outros com toques no ecrã, há jogos que funcionam com gestos. Investigadores da Universidade de Coimbra estão a usar sinais e gestos para comandar programas de computador mas de forma mais profissional. A ideia é que várias pessoas possam colaborar numa reunião sem competirem pelo uso do rato.

Inicialmente a ideia dos investigadores até era substituir o rato. As experiências mostraram que os utilizadores continuavam a preferir o velho rato, uma invenção com 30 anos que apesar da evolução da tecnologia pouco mudou, provavelmente por ser um bom método de interagir com as máquinas. Concluíram que seria mais útil em reuniões, por exemplo, se discutirem um projecto de arquitectura podendo todos manipular uma maqueta virtual em três dimensões.

Basta uma câmara apontada ao local onde se irão colocar as mãos e o programa desenvolvido em Coimbra. Cada utilizador faz gestos com os dedos abertos ou fechados, cada gesto corresponde a um tipo de utilização. Um V de vitória permite deslocar um objecto, as duas mãos em paralelo com o indicador espetado, enquanto se afastam ou aproximam, permitem fazer zoom à imagem. É como uma linguagem gestual simplificada mas em vez de comunicar com outr manipulamos objectos no computador.

O exemplo que mais dá nas vistas é a manipulação de um globo tridimensional da Nasa, semelhante ao Google Earth, há também interfaces em que os gestos correspondem a sons.

Paulo Peixoto, professor da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra, lidera o projecto e confessa que já há interesse de empresas nacionais, mas ainda é cedo para prever quando poderá surgir uma programa comercial com base nesta investigação. SIC – Futuro Hoje

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