Depois de anos de queixas, a Microsoft anunciou, finalmente, o número de patentes que, alegadamente, estão a ser violadas pelo movimento do software livre.
Em entrevista à revista Fortune, o responsável pela política de licenciamentos da Microsoft, Horacio Gutierrez, afirmou que 235 patentes registadas pela Microsoft foram já violadas pela comunidade do código livre, onde pontifica o desenvolvimento de aplicações e sistemas operativos Linux.
O responsável da Microsoft acredita que o desprezo pelas patentes da Microsoft «não é acidental» e tem em vista o desenvolvimento de ferramentas concorrentes.
Apesar de já saber o número de patentes alegadamente infringidas, a Microsoft não adiantou o que pretende fazer sobre este assunto – um silêncio que pode explicar-se com o facto de o movimento de software livre estar pulverizado de minúsculas empresas que fazem cópias em cadeia e também com a participação activa de empresas de grande nomeada como IBM, Philips ou Red Hat, entre outras.
Actualização Advogado diz que o código aberto viola 235 patentes Microsoft Os sistemas operativos de código aberto, como o Linux, podem estar a violar 235 patentes da Microsoft, afirma Brad Smith, advogado do gigante da informática, em entrevista à revista “Fortune”. Segundo Smith, o sistema operativo Linux usa pelo menos 107 elementos que foram patenteados pela Microsoft, o pacote de edição OpenOffice.org viola 45 patentes e outros programas não identificados pelo advogado reúnem pelo menos 83 suspeitas de violação de patentes registadas pela Microsoft.
Steve Balmer, actual presidente executivo da Microsoft, admite que os sistemas operativos de código aberto e os programas gratuitos tornaram-se numa coisa tão comum que já é difícil impor uma acção legal.
Grandes empresas informáticas como a IBM, a Dell, a HP, a Motorola ou a Oracle trabalham com o sistema operativo Linux.