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Micro-shifts: a nova tendência de trabalho que pode redefinir o horário das 9 às 5

Uma nova tendência pode ajudar a aumentar a produtividade dos trabalhadores, tanto dentro como fora do horário de trabalho. Os chamados micro-shifts parecem ser a abordagem ideal para algumas pessoas.


No que à produtividade diz respeito, muitas parecem ser as teorias. Contudo, a verdade é que os trabalhadores não são tão todos iguais e a abordagem ideal pode variar.

Indo encontro de conceitos emergentes, como job-hugging e micro-retirement, os trabalhadores parecem realmente valorizar a flexibilidade.

Pandemia flexibilizou o trabalho

O trabalho mudou com a pandemia, tendo as empresas percebido que uma abordagem híbrida, menos rígida, especialmente em termos de horário de entrada e saída, poderia resultar nas suas equipas.

Os locais de trabalho não são tão rígidos e estruturados como eram antes.

Disse Peter Duris, fundador e diretor-executivo da ferramenta de carreira baseada em Inteligência Artificial Kickresume, acrescentando que a flexibilidade é “uma das vantagens mais comuns e procuradas num emprego”.

De facto, uma investigação do The Chartered Institute of Personnel and Development revelou que 80% dos funcionários acreditam que a flexibilidade no trabalho teve um impacto positivo na sua qualidade de vida, enquanto um terço considera que melhorou, também, a sua carreira.

Num cenário de mudança, as pessoas estão a maximizar a sua produtividade por via dos chamados micro-shifts. Em particular, a Geração Z, pais e pessoas com responsabilidades de cuidados, e aqueles que trabalham no retalho, hotelaria e funções administrativas, conforme enumerado.

Este termo descreve o trabalho realizado em blocos mais curtos e não lineares, por forma a aumentar a produtividade. Isto pode significar trabalhar algumas horas pela manhã, fazer uma pausa mais longa para lidar com outras tarefas da vida e, em seguida, retornar no final do dia.

Segundo Peter, o microshifting é uma ótima maneira de os funcionários equilibrarem as suas responsabilidades pessoais com o trabalho.

Embora as pessoas que têm vários empregos já possam estar a fazer micro-shifs, aplicar esta abordagem em trabalhos a tempo inteiro pode resultar, também.

Quais os perigos dos micro-shifts?

Apesar das vantagens, esta abordagem pode levar a vários problemas, segundo Peter, particularmente na comunicação sobre horários de trabalho e expectativas.

Além disso, pode “possivelmente levar ao excesso de trabalho, pois é menos rígido do que um horário típico das 9 às 5”, e, dependendo do seu trabalho, certas reuniões podem ocorrer no mesmo horário todos os dias, o que significa menos flexibilidade.

Por fim, os micro-shifts podem motivar um aumento nas verificações entre colegas e líderes, gerando trabalho adicional.

De qualquer forma, esta é mais uma abordagem que, se resultar em mais produtividade, pode ser considerada.

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